Macron vai se unir à extrema esquerda para barrar o RN?
“Há 15 dias apenas, o presidente da República acusava a France Insoumise de antissemitismo, de comunitarismo e antiparlamentarismo. Como os eleitores de Emmanuel Macron podem decentemente votar por um tal extrema esquerda?”, escreveu Bardella em seu perfil no X
A aliança de esquerda Nova Frente Popular (NFP), e a aliança macronista (Ensemble) movimentara-se nas últimas horas, logo após o resultado do primeiro turno das eleições, no sentido de retirar candidaturas com o objetivo de evitar a todo custo que o partido de Le Pen (Rassemblement Nationale) consiga maioria absoluta.
A proposta é que aquele candidato que está em terceiro lugar, onde um candidato do RN está concorrendo retire a candidatura para apoiar favorecer o adversário do candidato do RN que está melhor colocado.
O presidente do RN, Jordan Bardella, denunciou uma “aliança um pouco antinatural entre Jean-Luc Mélenchon e Emmanuel Macron, o que é muito surpreendente”. “Uma aliança de desonra num sentido ou no outro”, ironizou o nacionalista, segundo quem “os franceses não se enganam e devem ter clareza nos próximos dias”.
“Há 15 dias apenas, o presidente da República acusava a France Insoumise de antissemitismo, de comunitarismo e antiparlamentarismo. Como os eleitores de Emmanuel Macron podem decentemente votar por um tal extrema esquerda?”, escreveu Bardella em seu perfil no X.
Pouco antes, ele havia publicado em suas redes sociais uma montagem das duas figuras, Macron e Mélenchon, se cumprimentando com sorrisos atrás da bandeira da Nova Frente Popular (NFP).
O eurodeputado de 28 anos disse estar “surpreso”. Primeiro, por “um Presidente da República (que) vem em auxílio de um movimento violento de extrema esquerda, que apela à insurreição, que alimenta uma atmosfera de antissemitismo desde 7 de outubro, que nunca teve palavras para condenar as atrocidades do Hamas , e quer, contra todas as probabilidades, organizar a desordem na sociedade francesa.” Depois, por “Jean-Luc Mélenchon que apela aos seus candidatos para que se retirem para apoiar os candidatos de Emmanuel Macron”.
Jordan Bardella comentou o que, na sua opinião, está em jogo no segundo turno das eleições francesas: “É uma escolha entre Jean-Luc Mélenchon primeiro-ministro e nós.” “Diante da coligação que lidero ao lado de Marine Le Pen e Éric Ciotti, vemos a ascensão desta aliança de extrema esquerda que pode vencer no domingo, que quer libertar os detidos, desarmar a polícia, criar uma montanha de novos impostos que enfraquecerão o classes média e trabalhadora”, insistiu o presidente do RN.
Concordará ele em ser nomeado primeiro-ministro mesmo no caso de uma maioria relativa, quando se recusou a fazê-lo até agora? O jovem político pediu aos eleitores que se “mobilizassem” e manteve-se evasivo.
Sugerindo estar disposto a procurar alguns deputados republicanos ou vários deputados de direita “se faltarem dois ou três assentos para ter esta maioria absoluta”.
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