Macron ataca revisionismo de Putin, mas diz “não estar em guerra” com a Rússia
Em discurso nesta quarta-feira (2) à noite (à tarde, no horário de Brasília), Emmanuel Macron (foto) condenou a invasão da Ucrânia e o revisionismo histórico de Vladimir Putin, mas disse que continuará conversando com o autocrata russo para que ele "deponha as armas" e cesse os seus ataques...
Em discurso nesta quarta-feira (2) à noite (à tarde, no horário de Brasília), Emmanuel Macron (foto) condenou a invasão da Ucrânia e o revisionismo histórico de Vladimir Putin, mas disse que continuará conversando com o autocrata russo para que ele “deponha as armas” e cesse os seus ataques.
O presidente da França iniciou seu pronunciamento dizendo que, desde o “ataque brutal” lançado por Putin, “centenas de civis ucranianos já foram mortos. Ainda hoje, mulheres e crianças foram mortas. Os próximos dias provavelmente serão cada vez mais difíceis”.
Macron saudou a “coragem do povo ucraniano” e dirigiu o “apoio fraterno da França” a Volodymyr Zelensky, o presidente da Ucrânia, que descreveu como “o rosto da honra, da liberdade e da bravura à frente de seu bravo povo”.
Afirmou também que o conflito é fruto “de um espírito de vingança alimentado por uma leitura revisionista da história da Europa [por parte de Putin]” e voltou a dizer que nem a França, nem a Europa, nem a Ucrânia, nem a Otan queriam a guerra: “Pelo contrário, fizemos tudo para evitá-la”.
Ao mesmo tempo, o presidente francês procurou manter o papel de “mediador” que tem tentado desempenhar na crise. “Sabemos tudo o que nos liga a este grande povo europeu que é o povo russo, que tanto sacrificou durante a Segunda Guerra para salvar a Europa do abismo. Estamos hoje ao lado de todos os russos que, recusando que uma guerra indigna seja travada em seu nome, têm o espírito, a responsabilidade e a coragem de defender a paz”.
Macron declarou ainda que, na Europa, a guerra agora “não pertence só aos livros de história” e que ela marca uma ruptura para o seu continente e a sua geração, com a democracia “sendo posta em questão bem debaixo dos nossos olhos”.
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