Líderes da UE em Bruxelas para Conselho Extraordinário
A pauta da quarta-feira, 17, foi o desenvolvimento nas relações entre a Ucrânia e a UE e os ataques de drones e mísseis do Irã contra Israel.
Os líderes da UE estão em Bruxelas nessa quarta, 17 de abril e permanecerão até quinta-feira, 18, para um Conselho Europeu Extraordinário.
A pauta da quarta-feira, 17, foi o desenvolvimento nas relações entre a Ucrânia e a UE e os ataques de drones e mísseis do Irã contra Israel.
Na quinta-feira, os líderes europeus falarão sobre competitividade e mercado único, com base num relatório sobre o futuro do mercado único elaborado pelo antigo primeiro-ministro italiano Enrico Letta.
Pedro Sánchez que cessar-fogo em Gaza
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, uma das vozes mais fortes da UE contra os ataques de Israel a Gaza, exigiu novamente um cessar-fogo e redobrou o seu apelo para uma conferência internacional de paz.
No início deste mês, o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Albares, confirmou que Madrid reconhecerá o Estado da Palestina antes de julho.
O chanceler austríaco quer sanções ao Irã
A UE está atualmente ponderando como enviar um sinal claro ao Irã após o seu ataque direto a Israel. Por isso, Bruxelas está discutindo a expansão do seu atual regime de sanções contra o Irã.
O chanceler austríaco Karl Nehammer disse que “todas as formas possíveis de endurecer as sanções devem ser examinadas”.
Perda de foco na Ucrânia
Desde a última reunião dos líderes da UE, no mês passado, a situação geopolítica “deteriorou-se”, com pontos críticos tanto no Oriente Médio como na Ucrânia, disse o presidente lituano, Gitanas Nausėda, aos jornalistas.
“Preocupa-me que estejamos perdendo o foco na Ucrânia”, disse, antes de se queixar de que “estamos tomando decisões mas não implementando” e de lamentar que o intervalo de tempo entre a tomada de decisão e a implementação demore “alguns, ou mesmo mais, meses.”
Olaf Scholz exortou os líderes da UE a seguirem o exemplo alemão na defesa aérea da Ucrânia. Berlim enviou um terceiro sistema Patriot para a Ucrânia no sábado, 13, e agora o chanceler alemão quer que os seus homólogos europeus que também possuem sistemas de defesa aérea viáveis os enviem também para o país.
Viktor Orbán quer mudar a liderança da União Europeia
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, apelou a uma mudança de liderança em Bruxelas, ao criticar as políticas da União Europeia sobre migração e sobre a Ucrânia.
“O sentido destas eleições europeias é mudar a liderança”, disse o líder húngaro durante uma reunião de proeminentes direitistas em Bruxelas. “Se a liderança se revelar má, deve ser substituída. É simples assim.”
Orbán está tentando inclinar a UE para a extrema direita. Uma guinada como essa poderia mudar drasticamente as políticas da UE em questões fundamentais, desde o clima até a guerra na Ucrânia.
Os comentários contundentes do líder húngaro tiveram lugar na Conferência Nacional do Conservadorismo, uma reunião de dois dias de líderes de direita que causou alvoroço em Bruxelas quando os municípios locais tentaram impedir que isso acontecesse devido ao que as autoridades consideraram preocupações de segurança.
Orbán, que nunca se intimida em atacar a UE apesar de ser membro dela, criticou duramente a política de migração do bloco durante a sua conversa com o presidente da conferência, Yoram Hazony.
Orbán, considerado como o aliado mais próximo do Presidente russo, Vladimir Putin, na UE, disse que não quer desistir das “relações econômicas” de longa data de Budapeste com Moscou, apesar da guerra em curso do Kremlin contra a Ucrânia.
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