Líder da oposição é encontrado morto na Venezuela
O partido Voluntad Popular alega que Edwin Santos tenha sido assassinado após ser detido por agentes de segurança do regime de Maduro
Edwin Santos (foto), cofundador do partido de oposição venezuelano Voluntad Popular, foi encontrado morto na sexta-feira, 25, na Venezuela. O partido alega que ele tenha sido assassinado após ser detido por agentes de segurança do regime de Nicolás Maduro.
Segundo o Voluntad Popular, Edwin Santos estava desaparecido desde a tarde de quarta-feira, quando foi interceptado por agentes de segurança do Serviço Nacional Bolivariano de Inteligência (Sebin) enquanto dirigia sua motocicleta.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram o corpo de Santos caído na grama próximo ao veículo.
O Voluntad Popular é liderado pelo opositor exilado Leopoldo López, que escreveu nas redes sociais:
“Edwin Santos, fundador e líder do nosso partido Vontade Popular, foi sequestrado, torturado e ASSASSINADO pelos serviços de segurança de Maduro. Ele era um homem bom, um homem de trabalho e de fé. Ele era um grande amigo meu e não vamos parar até que os responsáveis pelo seu assassinato sejam responsabilizados.”
Várias ONG e políticos venezuelanos se manifestaram sobre a morte de Edwin Santos e exigiram uma investigação. Os líderes da oposição Edmundo González Urrutia e María Corina Machado usaram as redes sociais para denunciar o que acreditam ter sido um assassinato.
González pediu um processo de investigação que traga “justiça” e “verdade”, que “todo o país deveria saber”. “A Venezuela quer e precisa da verdade”, acrescentou.
Já María Corina Machado foi mais contundente e, depois de classificar Santos como “um homem bom e feliz que amou a sua terra e se entregou para lutar pela sua democracia”, afirmou que “isso escalou para outro nível de violência e mal”.
“Um cidadão é raptado por motivos políticos, assassinado sob o poder das forças de segurança e abandonado (…) Isso tem que acabar! Nem um morto nem mais um prisioneiro! Exigimos que a Justiça internacional seja aplicada aos crimes contra a humanidade que aumentam na Venezuela”, acrescentou.
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