Líder anti-aborto diz que Partido Democrata abandonou defensores da vida
Líder de movimento pró-vida critica políticas do partido e promove ação solidária durante Convenção Nacional Democrata
Kristen Day, diretora executiva do grupo Democratas pela Vida, criticou duramente a presença de uma van da Planned Parenthood oferecendo abortos gratuitos nas proximidades da Convenção Nacional Democrata em Chicago. Segundo Day, isso é um sinal claro de que o partido “abandonou os democratas pró-vida”, tornando necessário que seu grupo intensifique esforços para promover a defesa da vida dentro do partido.
Mesmo enfrentando resistência, Day reafirmou o compromisso de sua organização com o partido, lançando uma campanha de arrecadação de fraldas para famílias carentes e migrantes locais, que já arrecadou mais de US$ 4.000. “Estamos aqui para ajudar e é isso que os verdadeiros democratas fazem: ajudam as pessoas”, declarou ela.
O grupo Democrats for Life iniciou as doações na noite desta quarta-feira, 21, em um centro de apoio à gravidez em Chicago, com Day destacando que a sua visão de um “democrata real” não é compartilhada pela maioria dos delegados presentes na convenção.
Day também mencionou as histórias comoventes de mulheres que sofreram com o aborto, ressaltando que o foco do partido na promoção do aborto é “profundamente perturbador”. Com sua presença em Chicago, Day espera influenciar a discussão dentro do partido, defendendo que o aborto não deveria ser celebrado como um bem moral, mas sim tratado com a gravidade e o respeito que merece.
Igreja Católica sobre o aborto: defesa intransigente da vida
A Igreja Católica mantém uma postura firme e inalterada contra o aborto, baseando-se em princípios morais e éticos profundamente enraizados em sua doutrina.
De acordo com a Igreja, o aborto é definido como a “perda de uma vida fetal” e é considerado moralmente inaceitável em todas as circunstâncias. Esta visão está ancorada na crença de que a vida humana começa no momento da concepção, quando a alma, criada por Deus, se une ao embrião, iniciando uma vida individual e distinta que deve ser protegida.
A história da condenação do aborto pela Igreja remonta aos primeiros séculos do cristianismo. Desde os tempos dos primeiros apologistas cristãos, como Tertuliano e Atenágoras, a prática foi equiparada ao assassinato, uma visão que se refletiu nos concílios e nas decisões da Igreja ao longo dos séculos. Por exemplo, o Concílio de Elvira, no século IV, decretou que mulheres que procurassem o aborto deveriam ser excomungadas, e essa posição foi reforçada em diversos outros concílios e decretos papais ao longo da história.
No que se refere às leis civis, a influência cristã contribuiu para que o aborto fosse amplamente criminalizado durante a Idade Média, com penas severas para aqueles que o praticassem ou facilitassem. No entanto, com o advento da modernidade e o secularismo, as legislações em diversos países se tornaram mais lenientes, ainda que a Igreja tenha continuado a exortar seus fiéis a rejeitar qualquer forma de aborto.
Para a Igreja, o valor da vida do embrião é igual ao da vida da mãe, e nenhum indivíduo ou autoridade, incluindo o Estado, tem o direito de interromper essa vida inocente. Essa postura é fundamentada na máxima moral de que “não se pode fazer o mal para que daí advenha o bem”, uma regra que a Igreja aplica rigorosamente às questões relacionadas ao aborto.
Além disso, a Igreja também se opõe a procedimentos médicos que, embora possam ter o efeito colateral de causar a morte do feto, têm como objetivo salvar a vida da mãe. No entanto, em casos onde a morte do feto não é o objetivo direto, mas sim uma consequência inevitável de um tratamento necessário para salvar a vida da mãe, a Igreja reconhece que, desde que sejam cumpridos critérios específicos, essa ação pode ser moralmente aceitável.
Em suma, a posição da Igreja Católica sobre o aborto é clara e contundente: a vida humana deve ser protegida desde o momento da concepção, e qualquer ato que intencionalmente interrompa essa vida é considerado moralmente errado e sujeito a graves sanções espirituais. A defesa da vida, em todas as suas fases, permanece um dos pilares fundamentais da ética católica.
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