Kremlin cala sobre troca de prisioneiros com EUA
Kremlin comenta sobre possível troca de prisioneiros com os EUA, optando por negociações silenciosas.
Questionado nesta quarta-feira, 14, o Kremlin manifestou-se acerca de uma possível troca de prisioneiros com os Estados Unidos. De acordo com o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, casos de troca de prisioneiros só podem ser resolvidos “em silêncio”. Isso indica que o governo russo se manterá cauteloso e não fará comentários a respeito das negociações.
Os Estados Unidos buscam a libertação do ex-marinheiro Paul Whelan e do jornalista Evan Gershkovich, ambos presos na Rússia sob acusações de espionagem que negam veementemente. Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, afirmou na terça-feira que manteve uma conversa rara com Whelan por telefone.
Rumores da troca de prisioneiros
Sobre a preparação de uma possível troca, Peskov comentou:
“Eu quero lembrar as palavras do presidente (Vladimir) Putin em sua recente entrevista de que esses assuntos amam o silêncio, e eles só podem ser resolvidos em silêncio. Portanto, em nossos interesses, nos interesses do lado americano, nos interesses dos envolvidos, é melhor que isso seja decidido em silêncio.”
Na semana passada, Putin sugeriu em uma entrevista ao jornalista americano Tucker Carlson que, em troca de Gershkovich, Moscou deseja que a Alemanha liberte Vadim Krasikov, que foi condenado pelo assassinato de um dissidente checheno em Berlim em 2019.
Contexto da troca de prisioneiros
Os Estados Unidos mantiveram uma postura constante de busca pela libertação dos seus cidadãos detidos na Rússia. Whelan, ex-marinheiro, é acusado de espionagem e permanece preso desde 2018. Ainda que declare sua inocência, Whelan foi condenado a 16 anos de prisão em 2020.
De forma semelhante, o repórter Evan Gershkovich enfrenta acusações de espionagem. A troca, caso ocorra, seria um grande passo nas relações entre Rússia e EUA, que têm se mantido tensas nos últimos anos.
Na tentativa de alcançar a libertação, Blinken manteve conversa direta com Paul Whelan. Essa iniciativa incomum causou grande repercussão e aqueceu os rumores sobre a possível troca de prisioneiros.
Segundo especialistas, a declaração do Kremlin é considerada cautelosa, mas não encerra a possibilidade das negociações. O silêncio mencionado pelo porta-voz pode ser uma forma estratégica de garantir o sucesso das tratativas.
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