Kamala defende descriminalização da maconha e reforma policial
Em entrevista, Harris confirmou que defenderá a descriminalização do uso da maconha porque, segundo ela, sabe o quanto a lei prejudicou determinados grupos populacionais
A candidata democrata à presidência, Kamala Harris, cortejou eleitores negros, defendeu seu histórico como promotora e defendeu a descriminalização da maconha e a reforma policial em uma rara entrevista de rádio na terça-feira, 15 de outubro.
“Simplesmente não é verdade”, disse Harris quando questionada se ela havia prendido desproporcionalmente homens afro-americanos durante seu tempo como promotora distrital de São Francisco.
Ela afirmou também na entrevista que, como presidente, defenderá a descriminalização do uso da maconha porque, segundo ela, sabe o quanto a lei prejudicou determinados grupos populacionais. Kamala já foi descrita como “uma das promotoras mais progressistas” quando se trata de casos de maconha.
Sobre a questão da brutalidade policial, Harris disse que trabalharia para aprovar a Lei de Policiamento George Floyd, que estava paralisada no Congresso em 2021. A lei visa reformar o trabalho da polícia.
Floyd era um afro-americano de 46 anos cuja morte numa operação policial em Minneapolis, em 25 de maio de 2020, gerou protestos globais contra o racismo e a violência policial.
Trump é “fraco e inadequado”
Harris não abordou diretamente os receios de alguns interlocutores de que as eleições nos EUA pudessem não ser livres e justas ou de que Trump pudesse tentar provocar outro evento como o de 6 de janeiro.
Ela evitou chamar esses temores de infundados, acusando, em vez disso, Trump de não ter defendido a Constituição. “Este homem é fraco e incapaz”, disse ela.
Harris questiona a saúde mental de Trump
Após a estranha perfomance de Donald Trump com música e dança na Pensilvânia, a candidata presidencial democrata Kamala Harris e sua equipe de campanha questionaram mais uma vez o estado mental e a adequação de seu rival republicano para a presidência. Sua equipe de campanha disse que Trump parecia “perdido, confuso e congelado” quando apareceu no palco na segunda-feira. Trump, por outro lado, defendeu o evento como “muito diferente, mas no final foi uma grande noite”.
Três semanas antes das eleições presidenciais dos EUA, em 5 de novembro, Harris está cada vez mais se concentrando na idade e na saúde de Trump. Ela também falou sobre isso no final da entrevista de rádio na terça-feira, 15: “Vou salientar o que todos sabem, que é que as pessoas que trabalharam mais de perto com Donald Trump quando ele era presidente (…) todas disseram que ele é perigoso e inadequado para ocupar um cargo, disse Harris.
Kamala seguirá seu próprio caminho, diz Biden
Enquanto isso, o atual presidente dos EUA, Joe Biden, disse que Harris “seguiria seu próprio caminho” se fosse eleita. “Cada presidente tem que seguir seu próprio caminho. Foi o que eu fiz”, disse Biden em um jantar do Partido Democrata na Filadélfia, na terça-feira, 15. “Fui leal a Barack Obama, mas como presidente segui o meu próprio caminho.” Harris fará o mesmo: “Até agora ela tem sido leal, mas seguirá o seu próprio caminho”.
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