A Justiça dos Estados Unidos aprovou nesta segunda-feira (5) o pedido da defesa de Donald Trump para que um árbitro independente avalie os documentos apreendidos na casa do ex-presidente em Mar-a-Lago, na Flórida.

A decisão foi anunciada pela juíza Aileen Cannon, nomeada por Trump em 2020.

A solicitação havia sido feita pela defesa do republicano e pode atrasar as investigações sobre material encontrado em sua residência no dia 8 de agosto.

Segundo a legislação americana, árbitros independentes devem ser convocados para avaliar se os documentos apreendidos violam o sigilo entre cliente e advogado.

A defesa do republicano, no entanto, solicita que o mediador decida se o material seria protegido pelo “privilégio executivo”, dispositivo que permite a presidentes americanos evitarem a revelação pública de certos materiais e comunicações.

O Departamento de Justiça americano diz que o dispositivo não se aplica ao caso de Trump e afirma que a lei determina que todos os documentos oficiais de um presidente são propriedade pública.

Cannon também quebrou o sigilo da lista detalhada de itens apreendidos em Mar-a-Lago. Como mostramos, a busca feita pelo FBI recuperou 48 pastas vazias marcadas como contendo informações sigilosas.

O FBI está investiga o ex-presidente americano por potencial violação da Lei de Espionagem, remoção ilegal de documentos confidenciais e obstrução de uma investigação federal.