O pregador radical britânico Anjem Choudary, de 57 anos, foi condenado nesta terça-feira,30, à prisão perpétua por liderar um grupo terrorista.

A decisão foi proferida dias após sua condenação no Tribunal da Coroa de Woolwich por ser membro de uma organização proibida, o grupo radical muçulmano al-Muhajiroun (ALM), e por angariar apoio para a entidade.

O juiz Mark Wall afirmou que Choudary estava “à frente na administração de uma organização terrorista” que “incentivava jovens a se envolverem em atividades radicais”. Choudary, anteriormente condenado por apoiar o Estado Islâmico, deverá cumprir pelo menos 28 anos de prisão.

O ALM foi proibido pelo governo britânico em 2010 devido ao seu envolvimento em atividades terroristas. Segundo o promotor Tom Little, Choudary possui uma “mentalidade distorcida” e assumiu a liderança do ALM após a prisão de Omar Bakri Muhammad, o fundador do grupo, no Líbano, entre 2014 e março de 2023.

Durante o julgamento, Choudary negou ter promovido o ALM através de suas palestras, alegando que a organização não existia mais. No entanto, as evidências apresentadas indicaram o contrário, resultando na sua condenação.

O co-réu Khaled Hussein, de 29 anos, um seguidor dedicado do ALM, também foi condenado por ser membro da organização proscrita. Hussein, natural de Edmonton, Canadá, foi preso juntamente com Choudary há um ano, ao desembarcar no Aeroporto de Heathrow.

A condenação de Choudary é vista como um marco significativo na luta contra o terrorismo, destacando os esforços das autoridades britânicas em desmantelar redes extremistas que ameaçam a segurança nacional.

O ALM, também conhecido como Islamic Thinkers Society nos Estados Unidos, tem sido uma preocupação contínua para as autoridades internacionais, com Choudary sendo um dos principais oradores do grupo.