Candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump (foto) afirmou neste sábado, 27 de julho, que os judeus que apoiam a possível candidatura de Kamala Harris pelo Partido Democrata deveriam “fazer exame de cabeça”.

Em publicação na rede Truth Social, o ex-presidente disse ainda que o despreparo de Kamala Harris “prolongaria muito” a guerra em Gaza e impediria a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas.

“Qualquer judeu que votar em Kamala, ou em um democrata, deve ter sua cabeça imediatamente examinada. Da mesma forma, os católicos, que estão sendo perseguidos por essa administração, não devem votar na esquerdista radical Kamala”, escreveu Trump.

​​Na sexta-feira, 26 de julho, o candidato republicano já havia atacado a vice-presidente dos Estados Unidos e a chamado de “vagabunda” e “fracassada”.

“Ela era uma vagabunda há três semanas. Ela era uma vagabunda. Uma vice-presidente fracassada em uma administração fracassada, com milhões de pessoas cruzando, e ela era a czarina da fronteira”, disse durante discurso na Flórida.

Trump disse ainda que Kamala Harris não gosta de judeus e tem intenção de nomear “marxistas” para a Suprema Corte dos EUA para tirar a liberdade religiosa dos americanos. O marido da vice-presidente, Doug Emhoff, é judeu.

Não é a primeira vez que o republicano acusa os democratas judeus de trair sua religião e Israel. Em abril, quando Joe Biden ainda era o provável candidato do partido, Trump também havia dito que os eleitores judeus de Biden “deveriam ter suas cabeças examinadas”.

Trump se reúne com Netanyahu

Donald Trump recebeu na sexta-feira, 26, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e sua esposa Sara em Mar-a-Lago, resort do ex-presidente americano na Flórida.

Em um vídeo compartilhado pelo premiê israelense no X, Trump e Netanyahu exibiram a foto de uma das crianças da família Bibas, sequestrada por terroristas do Hamas em 7 de outubro de 2023, a pedido de seu avô Eliyahu Bibas. Ao ver a foto e posar para os fotógrafos e cinegrafistas presentes, Trump respondeu: “Nós cuidaremos disso”.

Na quarta-feira, Kamala Harris recusou o convite para presidir a sessão conjunta do Congresso durante o discurso do primeiro-ministro israelense.

A decisão, interpretada por muitos como uma desfeita diplomática, foi vista também como um aceno para a ala mais radical e antissemita do Partido Democrata e de seu eleitorado.