O Japão reduziu o nível de alerta de tsunami, após uma série de grandes terremotos atingir a província de Ishikawa nesta segunda-feira, 1º, mas destacou que moradores de áreas costeiras da região que não devem retornar a suas casas, já que o cenário continua perigoso. 

O pior dos tremores teve magnitude preliminar de 7,6. Houve um incêndio e prédios caíram na costa oeste da principal ilha do Japão, Honshu. De acordo com a emissora japonesa NHK, uma pessoa morreu. A Agência Meteorológica do Japão reportou mais de doze terremotos no Mar do Japão, perto da costa de Ishikawa, e em zonas próximas, depois das 16h.

Os terremotos provocaram cortes de energia de milhares de casas e interromperam voos e serviços ferroviários. Essa magnitude foi a maior registrada na região desde 1885.

A fornecedora de serviços públicos Hokuriku Electric Power afirmou que mais de 36 mil residências ficaram sem energia nas províncias de Ishikawa e Toyama. As operadoras de telecomunicações Softbank e KDDI também relataram interrupções nos serviços de telefone.

A Japan Airlines cancelou a maioria dos seus serviços para as regiões de Niigata e Ishikawa, enquanto a companhia aérea japonesa ANA recusou aviões com destino aos aeroportos de Toyama e Ishikawa.

Um dos aeroportos de Ishikawa foi fechado e os serviços ferroviários de alta velocidade para a região foram suspensos.

Como mostramos, Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que, até o momento, não há registro de brasileiros afetados pelo terremoto de magnitude 7,5 que atingiu o oeste do Japão.

Usinas nucleares

O governo do Japão informou que nenhuma irregularidade foi detectada em usinas nucleares. De acordo com a autoridade de regulação nuclear do país, não há risco de vazamento de radioatividade das usinas.

A usina Shika de Hokuriku, em Ishikawa, havia paralisado seus dois reatores antes do terremoto para inspeções regulares e não detectou nenhum impacto.

Alerta de tsunami

Essa é a primeira vez que um grande aviso de tsunami é emitido pela Agência Meteorológica do Japão desde 11 de março de 2011, quando um terremoto e tsunami provocaram a morte de quase 20 mil pessoas e provocaram o colapso da usina nuclear de Fukushima.