J.D. Vance: “Bater forte no Irã”
Candidato a vice de Trump defende postura agressiva contra Teerã e critica políticas dos democratas
O senador e candidato a vice-presidente de Donald Trump, J.D. Vance, afirmou que os Estados Unidos devem adotar uma postura ainda mais agressiva contra o Irã.
“Precisamos golpear o Irã com força. Foi isso que Trump fez com Qasem Soleimani. Essa ação realmente trouxe paz ao conter os iranianos”, declarou Vance, elogiando a ação de Trump contra o general Qasem Soleimani em 2020.
O discurso ocorreu no primeiro dia da Convenção Nacional Republicana de 2024, realizada em Milwaukee, Wisconsin, nesta segunda-feira, 15. A convenção marcou a formalização da candidatura de Donald Trump à presidência, com J.D. Vance sendo anunciado como seu companheiro de chapa para vice-presidente.
Israel
Vance propôs retirar o financiamento obtido com a venda de petróleo pelo Irã e permitir que Israel e países sunitas trabalhem juntos para contrabalançar a influência iraniana. “Se você quer conter os iranianos, precisa retirar o dinheiro do petróleo deles e capacitar Israel e os países sunitas para trabalharem juntos contra o Irã”, destacou.
Ele elogiou os Acordos de Abraão como uma base essencial para essa colaboração regional. Assinados em 2020 e mediados pelos EUA, esses acordos normalizaram as relações diplomáticas entre Israel, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Marrocos e Sudão, e visam promover a paz e a cooperação no Oriente Médio.
Se o Irã se tornar uma potência nuclear, os principais riscos para Israel e para o mundo seriam inegáveis. Israel veria o Irã nuclear como uma ameaça direta à sua existência. Um Irã equipado com a bomba atômica poderia desestabilizar drasticamente o equilíbrio de poder no Oriente Médio, levando outros países da região a desenvolverem suas próprias armas nucleares e iniciando uma corrida armamentista regional. A influência geopolítica do Irã se ampliaria, fortalecendo grupos apoiados pelo país, como o Hezbollah e o Hamas.
O risco de proliferação nuclear também aumentaria, com a possibilidade de o Irã compartilhar tecnologia nuclear com grupos extremistas ou outros estados, elevando o risco global de terrorismo nuclear. As tensões internacionais poderiam se intensificar ainda mais, especialmente entre o Irã e potências ocidentais, particularmente os EUA, levando a um aumento nas sanções econômicas e no isolamento diplomático do Irã. A instabilidade no mercado de energia seria um impacto adicional, afetando o fornecimento global de petróleo e causando volatilidade econômica.
Com as tensões elevadas, cresce o risco de um conflito nuclear acidental ou mal calculado. O sucesso do Irã em desenvolver armas nucleares poderia enfraquecer os esforços globais de não-proliferação nuclear e forçaria as potências mundiais a recalibrar suas estratégias militares. A ameaça de um conflito nuclear aumentaria a ansiedade e a insegurança em Israel e em toda a região.
Para Vance, a combinação de pressão econômica e alianças estratégicas é fundamental para manter a estabilidade no Oriente Médio e proteger os interesses dos EUA e seus aliados na região. Ele promete uma política externa que retome a “campanha de pressão máxima” sobre o Irã, similar à adotada na administração Trump, reafirmando o apoio incondicional aos aliados regionais dos Estados Unidos.
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