O Ministério das Relações Exteriores entrou em ação, nesta terça, 29, para garantir a presença de dois mil torcedores do Botafogo no jogo de volta da semifinal da Copa Libertadores da América, em Montevidéu, no Uruguai, na próxima quarta-feira, 30.

A intervenção da embaixada brasileira ocorre após o ministro do Interior do Uruguai, Nicolás Martinelli, classificar a presença de botafoguenses “como alto risco“, na semana seguinte aos episódios de vandalismo promovidos por torcedores do Peñarol, dos quais 300 ficaram detidos no Rio de Janeiro.

Em nota, o Itamaraty diz estar atento ao evento:

“A proteção e o bem-estar dos nossos cidadãos são prioridade máxima para o Governo Federal e para os Ministérios das Relações Exteriores e do Esporte. O governo brasileiro permanecerá atento a qualquer nova informação.”

Entidade pressiona clube uruguaio

A Conmebol, entidade máxima do futebol sul-americano, determinou que o Peñarol e a federação uruguaia de futebol garantissem a segurança dos torcedores do Botafogo no Estádio Campeón del Siglo, sob ameaça da partida ser transferida para outro local ou ser realizado com portões fechados.

Vandalismo no Rio

Na véspera do jogo de ida da semifinal, em que o Botafogo goleou o Peñarol por 5 a 0, mais de 200 torcedores uruguaios promoveram tumulto no Recreio, na Zona Oeste do Rio.

A Polícia Militar confirmou que os vândalos furtaram celular de um carioca em um quiosque na praia, sendo o fato que desencadeou em episódios de violência.

Mais de 250 indivíduos foram levados à delegacia após os distúrbios.

O governador Cláudio Castro ordenou que os uruguaios envolvidos fossem escoltados para fora do estado, proibindo sua presença no jogo. Já o Ministério do Esporte solicitou que os organizadores de eventos esportivos aplicassem sanções rígidas contra a torcida organizada do Peñarol, em resposta à violência registrada.