Itamaraty condena explosão de pagers sem mencionar Hezbollah
O Ministério das Relações Exteriores afirmou que as explosões "conduzem a escalada significativa de tensões na região"
O Itamaraty condenou a série de explosões simultâneas de pagers usados por integrantes do grupo terrorista Hezbollah no Líbano.
Sem mencionar o Hezbollah, que o governo Lula (PT) insiste em não classificar como grupo terrorista, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que as explosões “conduzem a escalada significativa de tensões na região e exacerbam o risco de alastramento do conflito”.
A pasta também reiterou “o caráter imperativo do pleno respeito à soberania e à integridade territorial dos países”.
Eis a nota do Itamaraty na íntegra:
“O governo brasileiro condena a série de explosões coordenadas e simultâneas de centenas de aparelhos eletrônicos de comunicação ocorridas hoje, dia 17, no Líbano, as quais resultaram na morte de ao menos nove pessoas, incluindo uma menor de idade, assim como em centenas de feridos.
Tais atos conduzem a escalada significativa de tensões na região e exacerbam o risco de alastramento do conflito. Demonstram, também, que, lamentavelmente, têm sido inócuos os múltiplos apelos da comunidade internacional para que atores no Oriente Médio exerçam máxima contenção.
Nesse contexto, o Brasil reitera o caráter imperativo do pleno respeito à soberania e à integridade territorial dos países e reafirma sua defesa do estrito cumprimento da Resolução 1701 do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A embaixada do Brasil em Beirute não tem registro de nacionais brasileiros entre as vítimas e está empenhada em prestar as orientações devidas à comunidade brasileira na delicada situação securitária em que se encontra o Líbano.”
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A explosão dos pagers do Hezbollah
Pelo menos nove pessoas morreram e mais de 2.500 ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde libanês, quando pagers mantidos por terroristas do Hezbollah explodiram no Líbano na terça-feira, 17.
As explosões ocorreram após Israel anunciar que havia frustrado uma tentativa de assassinato do Hezbollah contra um ex-alto funcionário israelense.
O Hezbollah e o Líbano culpam Israel pelo ataque.
O governo israelense não se pronunciou sobre o episódio até o momento.
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