Itália cobra regime de Maduro sobre expulsão de diplomatas
Governo italiano quer explicações sobre desaparecimento de ativista humanitário e sobre expulsão de diplomata em Caracas
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Itália, Antonio Tajani, convocou o encarregado de negócios do regime venezuelano em Roma para prestar informações sobre a detenção de um ativista italiano e a expulsão de diplomatas em Caracas.
“Esta manhã convoquei o encarregado de negócios da Venezuela para protestar vigorosamente contra a falta de informação sobre a prisão do cidadão italiano Alberto Trentini e para contestar a expulsão de Caracas de três dos nossos diplomatas.
A Itália continuará a pedir à Venezuela que respeite as leis internacionais e a vontade democrática do seu povo”, escreveu Tajani no X.
O governo italiano refere-se ao sequestro de Alberto Trentini, que trabalhava para uma ONG que auxilia pessoas com deficiência. Segundo a família, o ativista desapareceu nesta terça-feira, 14, dois meses após ser preso pela ditadura de Maduro.
Limite
Em resposta ao posicionamento contra a posse ilegítima de Maduro, alguns diplomatas de França, Itália e Holanda foram expulsos da Venezuela.
Segundo o o chanceler chavista, Yván Gil, serão permitidos apenas três representantes nas embaixadas dos três países.
Além disso, a ditadura afirmou que os diplomatas só poderão viajar por mais de 40 quilômetros da capital Caracas, mediante autorização concedida pela ditadura:
“Em resposta à conduta hostil dos governos dos Holanda, França e Itália, caracterizada pelo seu apoio a grupos extremistas e pela sua interferência nos assuntos internos, a Venezuela adotou a decisão soberana de limitar o número de diplomatas acreditados em cada embaixada”, escreveu no seu canal de Telegram.
Com isso, as embaixadas terão 48 horas para cumprir a determinação.
Pichações
A ditadura venezuelana registrou pichações nas sedes dos consulados-gerais em cinco cidades do mundo contra o início do novo mandato ilegítimo de Nicolás Maduro.
Foi Yván Gil quem denunciou os atos contra os prédios venezuelanos em Lisboa (Portugal), Frankfurt (Alemanha), Vigo (Espanha) e San José (Costa Rica).
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