O veículo aéreo não tripulado (UAV, na sigla em inglês) que atingiu um edifício residencial no centro de Tel Aviv na madrugada desta sexta-feira, 19 de julho, matando um civil inocente e ferindo outros oito civis, era do modelo iraniano Samad-3, “que aparentemente passou por uma atualização para ampliar o alcance do voo” e “que acreditamos ter sido lançado do Iêmen”, disse o major Rafael Rozenszajn, porta-voz das Forças de Defesa de Israel nascido no Brasil.

“O Irã apoia, financia, treina, informa e fornece armamentos a seus prepostos aqui na região – em Gaza, na Cisjordânia, no Líbano, na Síria, no Iêmen, como aconteceu nessa noite”, frisou ele.

“Algum país soberano aceitaria isso?”

Ao divulgar o vídeo com as declarações, Rafael Rozenszajn também publicou o seguinte texto:

“Desde o começo da guerra, foram lançados em direção a Israel mais de 17 mil foguetes, mísseis e aviões não tripulados.

Esses disparos são feitos de forma indiscriminada, visando atingir a população civil em Israel.

Mais de 90 % desses disparos são interceptados. Tentem imaginar como estaria o Estado de Israel se 17 mil mísseis tivessem explodido em ambientes civis e populosos!

Algum país soberano aceitaria isso?

Essa guerra não tem um propósito geopolítico.

O objetivo de nossos inimigos é apenas um: apagar Israel do mapa.

Diferente da situação no Holocausto, hoje nós temos um Exército para não deixar isso [o extermínio de judeus] acontecer nunca mais!”

Terroristas eliminados

O ataque com drone à segunda maior cidade de Israel (a primeira é Jerusalém) ocorreu poucas horas após a confirmação de que as FDI eliminaram, entre outros terroristas no sul do Líbano, dois comandantes de operações da Força Radwan, unidade de elite do Hezbollah, um deles identificado como Ali Jaafar Maatuk.

O líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, havia ameaçado na quarta-feira, 17 de julho, atacar novos alvos em Israel se os militares israelenses continuassem com os bombardeios no Líbano.

Nesta sexta, as FDI publicaram no X, antigo Twitter, uma imagem aérea do centro de Tel Aviv, identificando o local do impacto do drone e, no entorno, restaurantes, hotéis, praia, edifício diplomático e cemitério.

“Aqui, os israelenses vão trabalhar.

Aqui, os turistas vão à praia ou fazem compras.

Aqui você pode tomar um café e aproveitar uma manhã de sexta-feira em Tel Aviv.

Foi aqui que hoje um UAV iraniano vindo do Iêmen atingiu um edifício residencial.”

Bombardeios

Como o Estado de Israel é bombardeado ao sul pelo Hamas, a partir da Faixa de Gaza, e ao norte pelo Hezbollah, a partir do Líbano, a cidade praiana de Tel Aviv, que fica no centro do país, é um dos lugares em que moradores e turistas se sentem mais seguros. Nem lá, no entanto, a paz é permanente.

Mais cedo, O Antagonista publicou no X o vídeo do ataque, que mostra a aproximação do drone e a explosão.

Assista:

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