“Israel está prestes a descobrir quão revoltante a esquerda democrata se tornou”
Jake Wallis Simons, jornalista britânico, argumenta que a ala progressista dos democratas nos EUA, liderada por figuras como Alexandria Ocasio-Cortez, representa uma ameaça crescente para Israel
Jake Wallis Simons publicou um artigo intitulado “Israel is about to discover how revolting the Democratic Left have become” no The Telegraph nesta terça, 23. Simons, um jornalista britânico, destaca a hipocrisia da ala progressista dos democratas em relação ao apoio a Israel.
Simons começa criticando Alexandria Ocasio-Cortez (AOC), deputada pelo 14º distrito de Nova York, que se emocionou publicamente em 2021 quando o Congresso aprovou um financiamento de US$ 1 bilhão para o sistema de defesa antimísseis Iron Dome de Israel. Segundo AOC, “Eu chorei pela completa falta de cuidado com os seres humanos impactados por essas decisões”. Simons considera essa reação como uma demonstração da “hipocrisia e falência moral da esquerda israelofóbica”.
AOC faz parte do “Esquadrão”(“Squad”), um grupo de nove congressistas democratas de esquerda, incluindo as muçulmanas Rashida Tlaib, que se absteve de votar pelo direito de Israel existir, e Ilhan Omar, que apoia abertamente o boicote ao Estado judeu. Simons descreve essas figuras como a vanguarda de um movimento radical que está dominando a esquerda.
Conforme se aproxima a eleição de novembro, Simons expressa preocupação com a unidade e a direção do Partido Democrata. Ele observa que Kamala Harris, apesar de seu apoio intermitente a Israel, seria uma “frágil barreira” contra a crescente influência da ala progressista. Embora Harris tenha tomado medidas pró-Israel, como defender a libertação de reféns e condenar o Hamas, ela também pediu um cessar-fogo imediato e criticou as operações israelenses em Gaza.
O artigo destaca as vacilações de Biden no apoio a Israel, que Simons atribui à pressão eleitoral, especialmente em estados-chave como Michigan, com uma grande comunidade árabe-americana representada por Tlaib. Apesar das críticas, Biden é visto como um democrata pró-Israel da velha guarda, contrastando com Harris, que, segundo Simons, abriria as portas para a influência radical.
A situação da co-líder do Partido Verde britânico, Carla Denyer, que teve que se retratar após elogiar Biden, é usada como exemplo do poder da ala radical. Kamala Harris recusou o convite para presidir a sessão conjunta do Congresso durante o discurso do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nesta quarta, 24.
A decisão de Harris, que estará em Indianapolis, foi interpretada como um aceno para a ala mais radical do Partido Democrata e gerou especulações sobre sua estratégia política em busca da nomeação presidencial do partido após a saída de Joe Biden da corrida eleitoral.
Quem é Jake Wallis Simons
Jake Wallis Simons é um jornalista britânico, atualmente editor do The Telegraph. Ele é conhecido por suas reportagens e análises sobre política internacional, especialmente no Oriente Médio. Simons é autor de vários livros e já recebeu prêmios por seu trabalho jornalístico, incluindo reconhecimento por suas investigações detalhadas e reportagens incisivas.
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