Israel divulga vídeo de recuo de tanques “para evitar danos”
“Quando as coisas saíram do controle, o comandante do tanque decidiu recuar para evitar danos", diz porta-voz das FDI
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, o contra-almirante Daniel Hagari, divulgou um vídeo que mostra a operação de recuo dos tanques que escoltavam os caminhões de ajuda humanitária israelense na Faixa de Gaza para proteger os locais nesta quinta-feira, 29 de fevereiro.
Dezenas de habitantes de Gaza ficaram feridos ou mortos após milhares de pessoas se aproximarem dos caminhões e causarem tumulto. Segundo informação oficial, houve casos de saques.
“Neste vídeo, os tanques que estavam lá para proteger o comboio viram os moradores de Gaza sendo pisoteados e tentaram dispersar cautelosamente a multidão com alguns tiros de advertência”, disse Hagari ao divulgar o vídeo em coletiva de imprensa em inglês na tarde desta quinta.
“Quando as centenas se tornaram milhares e as coisas saíram do controle, o comandante do tanque decidiu recuar para evitar danos aos milhares de habitantes de Gaza que estavam lá”, acrescentou.
Segundo Hagari, “pode-se ver como eles foram cautelosos quando recuaram. Eles estavam recuando com segurança, arriscando suas próprias vidas, não atirando na multidão”.
O porta-voz reafirmou que as forças israelenses só realizaram a distribuição de ajuda humanitária nesse incidente e que esse tipo de operação não é inédita neste conflito.
“As FDI estavam lá realizando uma operação de ajuda humanitária, para proteger o corredor humanitário e permitir que o comboio de ajuda chegasse ao seu ponto de distribuição, para que a ajuda humanitária pudesse chegar aos civis necessitados de Gaza no norte”, disse Hagari.
“Nas últimas quatro noites, [essas operações ocorreram] sem nenhum problema, esta é a primeira noite que tivemos qualquer tipo de evento”, acrescentou.
O que diz Israel sobre o caso?
A ajuda humanitária enviada por Israel à Faixa de Gaza desde o final de 2023, a partir da reação militar contra o Hamas pelo massacre de 7 de outubro, virou notícia de destaque nesta quinta-feira, 29 de fevereiro, porque morreram palestinos em torno dos caminhões com água, alimentos, abrigos e medicamentos destinados a eles próprios.
A ajuda israelense que Lula fingia não existir, portanto, agora existe, já que toda morte de civis em Gaza é explorada contra o Estado judeu, mesmo que eles sejam atropelados por conterrâneos palestinos que assumem o volante dos caminhões em seu território, como teria acontecido em um dos três episódios trágicos que marcaram o dia.
“Por volta das 4h da manhã, 30 caminhões com ajuda humanitária atravessaram a passagem de Kerem Shalom, no sul de Israel. O comboio seguiu em direção a abrigos na Cidade de Gaza, ao longo da estrada costeira”, relatou o porta-voz das Forças de Defesa de Israel nascido no Brasil, major Rafael Rozenszajn, em nota.
Saques
Segundo ele, “à medida que o comboio avançava no Norte de Gaza, milhares de pessoas cercavam os caminhões”. “Isto levou a uma debandada, durante a qual dezenas de habitantes de Gaza ficaram feridos e mortos, alguns após terem sido atropelados por caminhões, dos quais os motoristas são palestinos de Gaza”, afirmou.
O Antagonista apurou com autoridades israelenses que o Hamas havia parado de roubar a ajuda a seu povo porque as FDI vinham reagindo às iniciativas do grupo, mas que, em razão disso, civis perderam o receio de retaliação dos terroristas e passaram a cercar os caminhões para saquear os itens humanitários para si próprios também.
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