O governo de Israel declarou situação de emergência militar e ordenou bombardeios no sul do Líbano para impedir um ataque em larga escala do grupo terrorista Hezbollah. Segundo o Exército israelense, cerca de 210 foguetes e 20 drones foram lançados do Líbano em direção ao norte de Israel.

As forças armadas israelenses afirmaram ter lançado “ataques preventivos” contra alvos do Hezbollah no Líbano depois de terem identificado que o grupo terrorista estava se preparando para disparar mísseis e foguetes contra Israel.

Já o Hezbollah afirmou que os ataques são uma resposta à morte de Fuad Shukr, considerado o número 2 do grupo terrorista. Ele foi morto no final de julho em um ataque a um prédio em Beirute.

O Hezbollah afirmou que os ataques desta manhã foram a “primeira fase” da resposta à morte de Fuad Shukr e que uma ação completa levará mais tempo. 

As Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram ter enviado 100 caças para bombardear 40 alvos do Hezbollah no Líbano assim que o ataque iminente do grupo terrorista foi identificado. Lançadores de foguetes foram destruídos.

O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, declarou estado de emergência militar depois de lançar os bombardeios no Líbano. Em comunicado, Gallant afirmou que a “declaração de estado de emergência permite ao exército dar instruções aos cidadãos de Israel, como limitar as reuniões e encerrar locais”.

O ministro também conversou com o seu homólogo americano, Lloyd Austin, confirmando que Israel lançou “ataques de precisão” contra o Líbano para impedir a ameaça do grupo libanês.

Os ataques de hoje ocorrem em meio ao temor de uma potencial escalada dos combates no Oriente Médio, o que poderia levar a região a um conflito total.

O serviço de emergência israelense Magen David Adom informou ter elevado “o seu estado de alerta para o nível mais elevado em todo o país”, embora, até a publicação desta matéria, não tenha recebido informação sobre vítimas.

Sirenes de ataque aéreo foram ouvidas em todo o norte de Israel. Os voos de e para o aeroporto internacional Ben-Gurion, próximo a Tel Aviv, foram suspensos por cerca de 90 minutos.

Aliado do Irã, o Hezbollah se juntou ao grupo terrorista Hamas na guerra contra Israel em outubro de 2023. Desde então, a violência na fronteira com o Líbano registrou a pior escalada desde a guerra de 2006.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu neste domingo que fará “tudo o que for necessário” para garantir a segurança dos habitantes do norte de Israel.

“Estamos determinados a fazer tudo o que for necessário para proteger nosso país, devolver os habitantes do norte sãos e salvos para suas casas e continuar aplicando uma regra simples: quem nos fizer mal, nós faremos mal”, afirmou no início de reunião do gabinete de segurança.