Israel aprova ampliação de assentamentos nas Colinas de Golã
Plano prevê investimentos para dobrar a população israelense nos colonatos, que atualmente abrigam cerca de 25 mil pessoas
O governo de Israel aprovou neste domingo, 15 de dezembro, a expansão de assentamentos nas Colinas de Golã, região ocupada à Síria desde 1967 e anexada por Tel Aviv em 1981.
O plano prevê investimentos para dobrar a população israelense nos colonatos, que atualmente abrigam cerca de 25 mil pessoas.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a medida faz parte de esforços para “fortalecer o Estado de Israel”. Em comunicado, afirmou que a expansão é essencial “à luz da nova frente aberta na Síria”.
Após a queda do ditador sírio Bashar al-Assad, no último dia 8, Israel ocupou uma zona desmilitarizada na fronteira sul da Síria.
Tanques israelenses avançaram no território vizinho, sob o argumento de evitar que grupos extremistas islâmicos se aproveitem do “vácuo de poder” deixado pelo colapso do regime.
Embora Netanyahu tenha declarado que a ocupação é temporária, ele não forneceu prazos ou detalhes sobre a retirada. A ONU criticou a operação como uma violação do acordo de 1974, que estabelece a zona de contenção entre Israel e Síria.
Além dos investimentos urbanos, o plano aprovado neste domingo inclui a criação de uma aldeia estudantil e novos projetos para o Conselho Regional do Golã.
Dados israelenses indicam que a região também é lar de cerca de 40 mil drusos e árabes sírios.
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Ação na Síria
Em apenas dois dias, Israel destruiu 80% da capacidade militar das Forças Armadas da Síria.
As ações ocorreram para evitar que o aparato militar sírio fique sob controle do Irã e do Hezbollah.
Em relatório, as Forças de Defesa de Israel informaram que “aeronaves tripuladas voaram centenas de horas sobre o espaço aéreo sírio, conduzindo mais de 350 ataques aéreos”.
Os ataques israelenses atingiram uma “ampla gama de alvos”, incluindo locais de produção de armas em Damasco, Homs, Tartus, Latakia e Palmira, além de vários locais de produção de armas químicas, segundo as autoridades.
Segundo as FDI, houve ainda operações terrestres a 130 ativos na Síria, incluindo depósitos de armas, estruturas militares, lançadores e posições de tiro.
Pelo mar, a Marinha israelense atingiu duas instalações nos portos de Al-Bayda e Latakia, onde havia 15 navios de guerra.
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