Israel anuncia morte de mais quatro reféns pelo Hamas
Condições das mortes deles estão sob investigação; as vítimas do Hamas foram identificadas apenas pelos nomes
As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram, nesta segunda-feira, 3 de junho, a morte de mais quatro reféns pelo Hamas.
“Os representantes das FDI informaram às famílias de Haim Peri, Yoram Metzger, Amiram Koper e Nadav Popelwell, que foram brutalmente raptados para a Faixa de Gaza, que já não estão vivos e que os seus corpos estão detidos pela organização terrorista Hamas”, disse o porta-voz das FDI, Daniel Hagari.
As autoridades israelenses não apresentaram mais nenhum detalhe de identificação das vítimas.
“A decisão de determinar a sua morte baseou-se em informações de inteligência e foi aprovada por um comité de peritos do Ministério da Saúde em colaboração com o Ministério da Religião e o rabino-chefe de Israel”, afirmou Hagari.
As condições das mortes deles ainda são desconhecidas: “As circunstâncias das suas mortes no cativeiro do Hamas ainda estão sob investigação por todos os profissionais”.
“As FDI operam numa ampla variedade de métodos para coletar informações sobre os sequestrados que permanecem na Faixa de Gaza. As FDI e outras agências de segurança continuarão a acompanhar as famílias dos reféns enquanto for necessário até que voltem para casa”, acrescentou.
Morte de refém brasileiro
O Exército de Israel confirmou no final de maio que o brasileiro Michel Nisenbaum, mantido refém pelo Hamas em Gaza, foi encontrado morto no dia 23 daquele mês.
Além dele, outros dois reféns, Hanan Yablonka e Orion Hernandez, foram também encontrados mortos na ocasião.
A operação para a recuperação dos corpos foi realizada em Jabalya, em conjunto com os serviços de inteligência israelenses.
Segundo o Exército israelense, Michel Nisenbaum, Hanan Yablonka e Orion Hernandez foram sequestrados e assassinados durante o Massacre de 7 de outubro, sendo levados para Gaza por terroristas do Hamas. Seus corpos foram resgatados durante a noite e trazidos de volta para Israel.
A família de Michel Nisenbaum havia publicado uma carta aberta expressando sua dor e a falta de ações concretas do governo brasileiro em prol da libertação dos reféns. O presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo (FISESP), Marcos Knobel, escreveu:
“Caro Michel, faz aproximadamente 220 dias que você foi brutalmente retirado de sua família pelo grupo terrorista Hamas, em um dos episódios mais tristes da história recente. Sabemos que seu carro foi interceptado quando você estava indo buscar sua neta de quatro anos, que acabou não recebendo o abraço do avô naquele dia – e até hoje ela ainda espera por isso.”
A carta descreve a angústia constante da família e critica a falta de ações do governo brasileiro, que inicialmente prometeu não deixar nenhum brasileiro refém para trás, mas não deu seguimento às promessas. A família também menciona o aumento do antissemitismo global e a necessidade urgente de negociações para a libertação dos reféns.
Felipe Moura Brasil esteve com a sobrinha de Michel, Ayala, em Israel, neste mês de maio.
O depoimento dela sobre o dia do sequestro, o drama da família e a indiferença do governo Lula em relação ao caso aparece aos 47min40seg do documentário “O trauma de Israel”, disponível no canal de O Antagonista, no Youtube. Assista.
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