Irã volta a vetar candidatura de Ahmadinejad
As eleições presidenciais foram convocadas após a morte de Ebrahim Raisi em um incidente com helicóptero
O Conselho de Guardiães do Irã, máxima instância constitucional do país, aprovou neste domingo, 9, as candidaturas do presidente do parlamento iraniano e de outros cinco candidatos nas eleições presidenciais convocadas após a morte de Ebrahim Raisi em um incidente com helicóptero.
As autoridades, porém, proibiram mais uma vez a candidatura do ex-presidente populista Mahmoud Ahmadinejad (foto).
O candidato mais proeminente é Mohammed Bagher Qalibaf, 62 anos, ex-prefeito do Teerã. Ele possui laços estreitos com a Guarda Revolucionária do país. Qalibaf, ex-general da Guarda, fez parte de uma repressão violenta contra estudantes universitários iranianos em 1999.
O mesmo conselho já havia desqualificado a candidatura de Ahmadinejad em 2021. O ex-presidente tem desafiado cada vez mais o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.
Ahmadinejad, de 67 anos, era até então o candidato mais proeminente a se inscrever. Ele cumpriu dois mandatos de quatro anos, de 2005 a 2013, e tinha boa relação com Lula.
Após a morte de Raisi, o aiatolá Ali Khamenei designou como presidente interino o primeiro vice-presidente, Mohammad Mokhber.
A indicação de Mokhber é provisória. As eleições para substituir o presidente Raisi estão programadas para 28 de junho.
Com a morte de Raisi, o tabuleiro do xadrez iraniano foi chacoalhado novamente. O linha-dura estava sendo preparado para suceder Khamenei.
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