Irã enforca ativista germano-iraniano. Sholz condena execução
O chanceler aelmão Olaf Scholz (SPD) condenou a execução “nos termos mais fortes possíveis”. Num post na Plataforma X ele falou de um “escândalo”
Após a execução do cidadão de dupla nacionalidade germano-iraniana, Djamshid Sharmahd, apesar das críticas internacionais, o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha convocou o encarregado de negócios iraniano.
Na Plataforma X, o ministério falou de um “assassinato pelo regime iraniano”. Fortes protestos foram expressos e novas medidas estão sendo tomadas.
A sentença de morte contra Sharmahd foi executada na manhã de segunda-feira, 28 de outubro, “após passar pelo processo legal e pela aprovação final da decisão judicial pelo Supremo Tribunal”, afirmou o portal oficial da justiça iraniana.
As sentenças de morte no Irão são geralmente executadas por enforcamento. O veredicto contra Sharmahd foi confirmado pelo Supremo Tribunal em abril de 2023. Ativistas de direitos humanos – e especialmente a filha de Sharmahd, Gazelle, que vive nos EUA – lutaram até o fim para salvá-lo.
Poucas horas após o anúncio da execução, Gazelle Sharmahd exigiu provas da morte de seu pai e punição para o Irã. Ela está esperando para falar com os governos federal da Alemanha e dos EUA e ver se eles têm evidências da execução de seu pai, escreveu ela em um post no serviço online X. Ela pediu o “retorno imediato” do seu pai “vivo ou morto” e uma punição severa para “os assassinos do regime islâmico”.
Scholz condena a execução de Sharmahd
O chanceler Olaf Scholz (SPD) condenou a execução “nos termos mais fortes possíveis”. Num post na Plataforma X ele falou de um “escândalo”: “Jamshid Sharmahd nem sequer teve a oportunidade de se defender das acusações contra ele no julgamento”, escreveu Scholz. “O governo federal tem repetidamente feito campanha intensa pelo Sr. Sharmahd. Minhas mais profundas condolências vão para sua família.”
A execução da sentença de morte provoca novas tensões nas relações diplomáticas entre Teerã e Berlim. Embora o Irã aplique rigorosamente a pena de morte, as execuções de estrangeiros ocidentais são raras.
A ministra federal dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock (Verdes), anunciou “graves consequências” após a execução do germano-iraniano Jamshid Sharmahd, que estava preso no Irã. O Ministério das Relações Exteriores “trabalhou neste caso todos os dias” e “deixou claro repetidamente a Teerã que a execução de um cidadão alemão teria consequências graves”, explicou Baerbock na noite de segunda-feira, 28.
Sharmahd foi sequestrado pela inteligência iraniana em Dubai no verão de 2020 e levado para o Irã. Desde então, ele estava preso em Teerã. Sharmahd viveu anteriormente nos EUA durante anos e trabalhou lá na oposição iraniana exilada. Entre outras coisas, ele administrava um site que chamava a atenção para os crimes do regime de Teerã.
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