Irã apreende navio-tanque no Golfo de Omã
A Marinha do Irã apreendeu nesta quinta-feira, 11, um navio-tanque com petróleo iraquiano no Golfo de Omã. Segundo agência de notícias iraniana IRNA, a apreensão atendeu a uma “decisão da Justiça” do país...
A Marinha do Irã apreendeu nesta quinta-feira, 11, um navio-tanque com petróleo iraquiano no Golfo de Omã. Segundo agência de notícias iraniana IRNA, a apreensão atendeu a uma “decisão da Justiça” do país.
Operada pela empresa grega Empire Navigation, a embarcação St. Nikolas tem bandeira das Ilhas Marshall e estava carregada com cerca de 145 mil toneladas de petróleo bruto com destino a Aliaga, na Turquia.
Em comunicado, o grupo grego confirmou que “perdeu contato” com o petroleiro e com os 19 tripulantes que estavam a bordo, um grego e 18 filipinos.
Rastreamento desligado
A empresa britânica de segurança marítima Ambrey informou que o St. Nikolas foi abordado por “intrusos armados” enquanto navegava próximo à cidade de Sohar, em Omã.
Após a abordagem, o sistema de rastreamento AIS, que operava no petroleiro, foi desligado enquanto ele se dirigia ao porto iraniano de Bandar-e-Jask.
Retaliação iraniana
Em 2023, o St. Nikolas foi apreendido pelos Estados Unidos em uma operação de aplicação de sanções por transportar petróleo iraniano apesar das sanções internacionais.
De acordo com o governo americano, o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC) tentava enviar petróleo iraniano contrabandeado para a China.
Após a medida, o Irã alertou os EUA que a apreensão “não ficaria sem resposta”.
Insegurança marítima
A apreensão do navio-tanque coincide com os ataques promovidos pelo grupo rebelde Houthis, do Iêmen, nas rotas marítimas do Mar Vermelho.
Com o apoio do Irã, os rebeldes do Iêmen têm desafiam as forças militares dos EUA, do Reino Unido e de Israel.
Na quarta-feira, 10, caças F/A-18 dos EUA e embarcações do Reino Unido interceptaram 18 drones, dois mísseis de cruzeiro e um míssil, que faziam parte de um ataque a navios comerciais com alegadas ligações com Israel.
Um porta-voz dos rebeldes afirmou que o alvo era um navio americano ligado a Israel.
A sequência de ataques dos Houthis tem inviabilizado parte das rotas comerciais da região. Grandes empresas de navegação, como MSC e Maersk, suspenderam as operações na área, levando a uma queda de 14% no tráfego de petroleiros pelo Canal de Suez desde novembro de 2023.
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