Investimentos de empresas chinesas em energia limpa superam marca de 100 bilhões de dólares Investimentos de empresas chinesas em energia limpa superam marca de 100 bilhões de dólares
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Investimentos de empresas chinesas em energia limpa superam marca de 100 bilhões de dólares

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 03.10.2024 08:17 comentários
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Investimentos de empresas chinesas em energia limpa superam marca de 100 bilhões de dólares

O domínio global da China em tecnologias de energia limpa e seus impactos no mercado global.

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Investimentos de empresas chinesas em energia limpa superam marca de 100 bilhões de dólares
Créditos: depositphotos.com / BiancoBlue

Os investimentos de empresas chinesas no exterior em projetos que envolvem tecnologias de energia limpa ultrapassaram 100 bilhões de dólares desde o início de 2023, é o que revela o grupo de pesquisa australiano Climate Energy Finance (CEF). Este marco impressionante reflete a liderança global da China na produção e exportação de produtos como painéis solares, baterias de lítio e veículos elétricos.

Com capacidades de investimento, inovação e fabricação notáveis, a China está na vanguarda dessas tecnologias por uma “margem surpreendente”, conforme apontado no estudo. Este cenário tem gerado diversas reações e ações por parte de diferentes países em relação ao domínio chinês nesses setores.

China e sua liderança em tecnologias de energia limpa

A China é responsável por 32,5% das exportações globais de veículos elétricos, 24,1% das baterias de lítio e 78,1% dos painéis solares. Esse domínio, no entanto, tem gerado preocupações sobre o uso dos gigantescos excedentes de capacidade produtiva do país. Críticos afirmam que isso pode inundar os mercados internacionais, reduzir preços e prejudicar concorrentes.

Como as tarifas internacionais estão impactando os investimentos chineses?

Devido a essas preocupações, Estados Unidos e Canadá já impuseram tarifas de 100% sobre os veículos elétricos fabricados na China. Além disso, a União Europeia deve votar sobre a questão das tarifas nesta semana. As importações norte-americanas de painéis solares e baterias de lítio chinesas também enfrentam tarifas de 50% e 25%, respectivamente.

“Os investimentos das empresas privadas chinesas são em grande parte motivados pela necessidade de contornar as barreiras comerciais,” disse Xuyang Dong, analista da CEF e coautora do levantamento. Este cenário está levando empresas como a BYD e a CATL a buscar alternativas de fabricação fora do território chinês.

Quais são os próximos passos para as empresas chinesas?

A BYD, principal fabricante de veículos elétricos da China, está construindo uma fábrica de 1 bilhão de dólares na Turquia para evitar uma tarifa proposta pela UE de quase 40%. Além disso, a fabricante de baterias CATL está planejando fábricas na Alemanha, Hungria e outros lugares. Essas iniciativas demonstram a proatividade das empresas chinesas em manter seu mercado global mesmo diante de barreiras comerciais.

Turbinas de energia eólica (Créditos: depositphotos.com / majaFOTO)

Impactos globais das sobretaxas de importação

De acordo com um estudo separado publicado pelo Grantham Institute no Reino Unido este ano, dois terços da capacidade de tecnologia limpa da China seriam “excedentes em relação às necessidades domésticas” e estariam buscando mercados de exportação até 2030. A capacidade total de produção de energia solar da China, por exemplo, pode chegar a 860 gigawatts.

No entanto, a China tem se mostrado insatisfeita com os aumentos das sobretaxas de importação de outros países, argumentando que as restrições aos produtos chineses prejudicam os esforços globais de combate às mudanças climáticas. O enviado sênior chinês para o clima, Liu Zhenmin, alertou em março que a “dissociação” da fabricação chinesa pode aumentar em 20% a conta da transição energética global.

Principais destaques do estudo do CEF:

  • A China lidera mundialmente na produção e exportação de veículos elétricos, baterias de lítio e painéis solares.
  • Investimentos de empresas chinesas no exterior ultrapassam 100 bilhões de dólares desde 2023.
  • Estados Unidos, Canadá e União Europeia impõem tarifas significativas sobre produtos chineses.
  • Empresas como BYD e CATL estão construindo fábricas fora da China para evitar tarifas.

À medida que o mundo se dirige para uma era de energias mais limpas, a posição dominante da China nesse mercado apresenta tanto oportunidades quanto desafios. A batalha comercial sobre essas tecnologias precisará encontrar um equilíbrio entre competitividade e colaboração global para que todos os países possam trilhar o caminho da sustentabilidade.

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