Um americano condenado por sua participação na invasão do Capitólio, em 6 janeiro de 2021, e que foi preso no Canadá depois de ter fugido dos Estados Unidos, foi libertado após ser perdoado por Donald Trump. A informação foi confirmada pelo advogado de Antony Vo. 

“Ele foi libertado e atravessou ontem a fronteira dos Estados Unidos, a caminho de casa”, disse Robert Tibbo neste sábado, 1º.

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Natural de Indiana, Antony Vo foi detido pela Agência dos Serviços de Fronteira do Canadá (CBSA) em janeiro de 2021, na Colúmbia Britânica. 

Ele havia sido condenado a nove meses de prisão em junho de 2022, após ser considerado culpado de quatro acusações relacionadas ao ataque. 

Vo fugiu para o Canadá na esperança de ser perdoado por Trump, sem se entregar às autoridades dos EUA, como revelou seu advogado no final de dezembro.

Ele entrou no Canadá sem passar pela alfândega e não notificou as autoridades. 

Trump perdoa invasores

Donald Trump cumpriu sua promessa de campanha e, em 20 de janeiro, emitiu um decreto presidencial em que perdoa uma série de pessoas acusadas de crimes relacionados à invasão do Capitólio.

No total, cerca de 1.500 réus foram contemplados. Os primeiros começaram a ser libertados já no dia seguinte.

Entre os beneficiados estão os líderes dos grupos Oath Keepers e Proud Boys, que estavam cumprindo longas penas de prisão.

“Dia de amor”

Durante a campanha presidencial, Trump se referiu a data da invasão como “um dia de amor”.

“Eles pensaram que a eleição foi uma eleição fraudada, e é por isso que eles vieram. Não foi feito nada de errado. E uma ação foi tomada. Uma forte ação”, afirmou Trump a eleitores latinos.

“Não havia armas lá embaixo. Nós não tínhamos armas. Os outros tinham armas, mas nós não tínhamos armas. E quando eu digo nós, essas são pessoas que andaram — essa foi uma porcentagem minúscula do total que ninguém vê e ninguém, ninguém mostra. Mas esse foi um dia de amor”, continuou.

Trump responde por quatro acusações relativas a seus esforços para permanecer no cargo após sua derrota nas eleições de 2020. Três são de conspiração.