Índia reavalia comércio de armas com Rússia após guerra na Ucrânia
Índia reavalia relações com a Rússia, seu principal fornecedor de armas, devido à guerra na Ucrânia. Saiba mais sobre a possível virada estratégica.
A Índia, conhecida como o maior importador de armas do mundo, revê as suas relações com a Rússia, o seu principal fornecedor, devido à situação na Ucrânia. Tal movimento decorre das crescentes dificuldades da Rússia em sustentar o fornecimento de munições e peças após a eclosão da guerra na Ucrânia. Fontes indianas revelaram que o país asiático deve tato para evitar uma aproximação entre Moscou e Pequim.
A virada para o Ocidente
Percebendo as tensões na região Indo-Pacífica, os Estados Unidos vêm intensificando os laços com a Índia para contrabalancear a ascensão da China. Este movimento pode ajudar a Índia a diminuir sua dependência histórica da Rússia. Durante as duas últimas décadas, a Rússia forneceu cerca de 65% das armas importadas pela Índia, gerando um comércio de mais de 60 bilhões de dólares, segundo o Instituto Internacional de Investigação para a Paz de Estocolmo.
“Não é provável que assinemos qualquer acordo militar importante com a Rússia”, declarou Nandan Unnikrishnan, especialista em Rússia da Observer Research Foundation, um think tank sediado em Nova Deli. Ele ressaltou que tais acordos representariam uma linha vermelha para Washington.
Novas ofertas da Rússia
Entretanto, Moscou ainda tenta manter laços com a Índia. De acordo com fontes do governo indiano, incluindo um alto funcionário de segurança aposentado, a Rússia tem oferecido o fornecimento de sofisticadas plataformas de armamento, que incluem os helicópteros Kamov e os caças Sukhoi e MiG. Adicionalmente, Moscou tem estimulado a produção conjunta dessas armas no território indiano.
A Índia, no entanto, parece cada vez mais inclinada a se descolar da dependência russa, além de ter evidenciado interesses em diversificar sua base de armas. Sendo a guerra na Ucrânia o estopim para essa mudança estratégica, resta observar como a Índia irá equilibrar as suas relações com Rússia e Estados Unidos no futuro próximo.
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