Desde o dia 14 a ilha da Madeira, em Portugal, enfrenta um incêndio de grandes proporções que já afetou várias localidades.

O Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC) tem mobilizado mais de 120 brigadistas e uma dezena de veículos para combater o fogo.

Além dos corpos de bombeiros locais, há também reforços provenientes dos Açores e da Força Especial de Proteção Civil do continente.

Durante a tarde de hoje, os dois aviões Canadair solicitados pelo Governo português à União Europeia realizaram descargas significativas sobre os focos de incêndio.

Estes aviões, juntamente com o helicóptero do SRPC, o único meio aéreo da Madeira, são essenciais para a estratégia de combate às chamas.

Avanços no combate ao incêndio na Ilha da Madeira

As aeronaves Canadair, que chegaram à ilha de Porto Santo pela manhã, deslocaram-se posteriormente para a Madeira.

Concentraram-se especialmente na cordilheira central, onde efetuaram oito descargas, reduzindo significativamente a intensidade do fogo.

O helicóptero, por sua vez, realizou 35 descargas, principalmente em áreas de difícil acesso e de maior risco.

O incêndio na Ponta do Sol permanece nas zonas altas e longe de áreas habitacionais, graças aos esforços dos brigadistas no terreno. O SRPC continua a monitorar a situação, coordenando os esforços para maximizar a eficácia do combate e garantir a segurança da população.

Impacto do incêndio para a população

Cerca de 200 pessoas foram instruídas a deixar suas casas por precaução.

Equipamentos públicos de acolhimento foram disponibilizados para aqueles que precisaram se deslocar. Entretanto, muitos moradores já retornaram a suas residências, com exceção das pessoas da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.

Até agora, não há registro de destruição de casas ou infraestruturas essenciais, embora alguns bombeiros tenham recebido assistência por exaustão ou ferimentos leves.

O combate ao fogo tem sido dificultado pelas condições climáticas, incluindo vento e temperaturas altas.

Principais preocupações e ações

Até o momento, o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais relata mais de 4.930 hectares de área ardida.

A Polícia Judiciária está investigando as causas do incêndio e é provável que se trate de fogo provocado, conforme mencionado pelo presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque.

Nos próximos dias, a prioridade das autoridades será conter a propagação do fogo e defender as áreas habitacionais. O SRPC assegura que continuará trabalhando para maximizar a eficiência das operações e garantir a segurança de todos os envolvidos.

Durante todo o combate ao incêndio, uma combinação de esforços locais e internacionais tem sido crucial.

A cooperação entre diferentes corpos de bombeiros, o uso de meios aéreos e a coordenação efetiva são chaves para enfrentar essa calamidade.

A mobilização de mais de 120 brigadistas, reforçada por aeronaves especializadas, tem se mostrado essencial na luta contra as chamas na Madeira.

A vigilância contínua e as medidas de precaução permanecem no centro das atenções, enquanto as autoridades trabalham incansavelmente para proteger vidas e propriedades.