Incêndio em boate do Equador pode ter sido terrorismo, diz polícia
Um incêndio atingiu uma boate na cidade de El Coca, localizada na região leste do Equador. Autoridades locais descreveram o incidente como mais um ato de terrorismo no país que enfrenta altos índices de violência e está sob estado de exceção...
Um incêndio atingiu uma boate na cidade de El Coca, localizada na região leste do Equador. Autoridades locais descreveram o incidente como mais um ato de terrorismo no país que enfrenta altos índices de violência e está sob estado de exceção.
De acordo com informações do jornal equatoriano El Telégrafo, o incêndio começou por volta das 22h, horário local (0h de quinta-feira no Brasil). As chamas rapidamente se espalharam, atingindo não só a boate, mas também pelo menos outros 11 edifícios vizinhos. Segundo as autoridades, não foi possível identificar os responsáveis pelo ocorrido.
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram a boate completamente tomada pelas chamas, com labaredas e uma densa coluna de fumaça visíveis a vários quarteirões de distância.
A polícia afirmou que considera o incêndio como um ato de terrorismo. Caso se confirme a ligação com grupos criminosos, o número total de mortes relacionadas à atual crise de violência no país chegaria a 15.
Onda de violência no Equador
O Equador tem vivido dias marcados pelo pânico e terror desde que o governo anunciou a fuga do líder da principal quadrilha do país, Adolfo Macías, conhecido como Fito.
O presidente Daniel Noboa decretou um estado de exceção e determinou ações para neutralizar 22 grupos que agora são considerados terroristas. Além disso, foi estabelecido um toque de recolher que proíbe a população equatoriana de sair de casa das 23h às 5h pelos próximos dois meses. O incêndio ocorrido na boate indica que essa medida pode estar sendo desrespeitada.
Soldados das Forças Armadas têm patrulhado as ruas em veículos blindados. Até o momento, aproximadamente 70 pessoas suspeitas de envolvimento nas ações criminosas foram detidas em todo o país, conforme divulgado pela polícia nesta quarta-feira, 10.
O Snai, órgão responsável pela administração dos presídios no Equador, informou que 125 guardas e 14 funcionários administrativos estão sendo mantidos como reféns nos presídios.
Brasileiro sequestrado
A embaixada do Brasil em Quito, no Equador, confirmou nesta quarta, que o empresário brasileiro Thiago Allan Freitas, sequestrado em meio à onda de violência no país, foi libertado.
A informação da soltura de Freitas havia sido antecipada pelo irmão dele, Eric.
Freitas, que tem 38 anos e vive no Equador há cerca de três anos, foi sequestrado em Guayaquil, epicentro da onda de violência.
Natural de São Paulo, ele é empresário e dono de uma churrascaria brasileira no Equador.
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