Identitatismo enfrenta crescente rejeição entre trabalhadores americanos
Empresas que insistirem em impor essas práticas radicais podem enfrentar sérias dificuldades para manter um ambiente de trabalho harmonioso
As iniciativas voltadas ao identitarismo têm perdido apoio no ambiente corporativo dos Estados Unidos. De acordo com uma pesquisa recente do Pew Research Center, há um aumento na percepção de que tais esforços são desnecessários ou mesmo prejudiciais.
A pesquisa revelou que 21% dos entrevistados consideram a ênfase em iniciativas woke como algo ruim para o local de trabalho, um aumento de cinco pontos percentuais em relação a fevereiro de 2023. Por outro lado, 52% ainda enxergam tais esforços como positivos, mas essa parcela caiu em relação aos 56% do ano passado.
Grupos demográficos e políticos divergem significativamente em suas opiniões. Mulheres, democratas e trabalhadores negros, hispânicos e asiáticos são mais propensos a apoiar essas iniciativas. Por outro lado, homens e republicanos lideram a rejeição, com uma alta notável entre trabalhadores republicanos: 42% agora veem as iniciativas como prejudiciais, em comparação a 30% no ano anterior. Trabalhadores asiáticos também mostraram uma queda substancial no apoio, de 72% em 2023 para 57% este ano.
Outra descoberta relevante é que 19% dos trabalhadores acreditam que suas empresas dão atenção excessiva às questões identitárias, superando os 14% do ano anterior. Ao mesmo tempo, apenas 12% consideram que essas questões recebem atenção insuficiente, uma queda em relação aos 15% de 2023.
Em um levantamento mais amplo, que incluiu 6.204 americanos, os resultados mostram que a maioria acredita que as práticas woke ajudam mulheres e homens negros, hispânicos e asiáticos. No entanto, 36% afirmam que essas iniciativas prejudicam homens brancos, enquanto apenas 14% veem benefícios para esse grupo.
Os dados também revelam que os republicanos são os mais propensos a identificar impactos negativos das práticas de diversidade em homens brancos, com 56% compartilhando essa opinião, contra apenas 19% entre democratas.
O aumento na rejeição às práticas associadas à cultura woke reflete, em parte, uma reação à sua percepção como imposição ideológica. Muitos trabalhadores consideram que as empresas devem priorizar eficiência e produtividade em vez de agendas identitárias que, segundo eles, criam divisões artificiais e favorecem determinados grupos em detrimento de outros.
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