A milícia Houthi do Iêmen, alinhada com o Irã, fez um ataque inédito contra Israel neste domingo, 15 de setembro, lançando o que chamaram de “míssil balístico hipersônico”, que atingiu a região central do país.

Segundo o Exército israelense, o míssil foi disparado a partir do Iêmen e atravessou o centro de Israel antes de cair no território, sem causar feridos.

“Um míssil terra-terra foi identificado quando atravessava o centro de Israel, depois a zona leste, tendo caído em uma zona afastada”, diz comunicado das Forças de Defesa de Israel (FDI).

Os destroços do míssil, ou dos interceptores disparados para detê-lo, caíram próximo a uma estação de trem, sem provocar danos.

A milícia, que controla várias regiões do Iêmen, lançou vários ataques contra Israel e afirma atuar em solidariedade com os palestinos na Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, convocou uma reunião de seu gabinete e disse que iria cobrar “um preço pesado” pelo ataque. 

“Os Houthis devem saber nessa altura que retaliamos duramente contra aqueles que nos tentam prejudicar. Aqueles que precisam ser lembrados estão convidados a visitar o porto de Hodeida”, disse no início da reunião.

Ataque com drones

Em julho, um homem foi morto quando um drone atingiu um prédio residencial na metrópole costeira israelense de Tel Aviv.

Outras pessoas ficaram feridas na explosão perto de uma filial da Embaixada dos EUA. Os Houthis reivindicaram a ofensiva.

O ataque ocorreu após o Exército de Israel confirmar ter matado um comandante de alto escalão do grupo terrorista Hezbollah no sul do Líbano.

Os edifícios ao redor também foram danificados. O drone foi detectado pela vigilância aérea, mas não foi abatido devido a um erro humano.