Houthis desafiam EUA e Reino Unido: ‘não afetaram nossas capacidades militares’
O grupo rebelde Houthi do Iêmen criticou no último domingo (04) os ataques dos Estados Unidos e Reino Unido em suas bases de operações
O grupo rebelde Houthi do Iêmen criticou no último domingo (04) os ataques dos Estados Unidos e Reino Unido em suas bases de operações. Eles afiançam que suas capacidades militares não foram afetadas por tais ofensivas. Palavras de desafio proferidas em uma época de tensões intensificadas no Oriente Médio.
Continuação dos ataques tende a aumentar tensão na região
Os EUA e o Reino Unido conduziram no sábado uma série de ataques a pelo menos 30 alvos Houthi no Iêmen. Na manhã de domingo, as forças americanas bombardearam adicionalmente um míssil anti-navio cruzeiro Houthi.
Mohammad Abdul Salam, representante do grupo rebelde, ressaltou por meio de comunicado que escalar as tensões na região por parte dos ataques pode levar a um resultado indesejável para os países agressores. “A continuação da ofensiva não vai atingir quaisquer objetivos para os agressores, mas sim aumentar as suas questões e problemas a nível regional“, declarou.
Houthis alegam que ataques são pressão a Israel
O comunicado dos Houthis também deixou evidente o apoio dos rebeldes aos palestinos. O grupo declarou que sua ofensiva contra o transporte marítimo global no Mar Vermelho têm o objetivo de pressionar Israel a terminar a sua ofensiva em Gaza.
Em uma entrevista para a CNN, o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, informou que o presidente americano já havia avisado que a resposta aos ataques seguiria uma política que não levaria os Estados Unidos a uma guerra.
Irã no centro da tensão
De acordo com Sullivan, o papel do Irã em toda a instabilidade vivida no Oriente Médio merece destaque. “O Irã tem uma responsabilidade significativa e perniciosa por grande parte da instabilidade no Oriente Médio. Isso deve ser levado em consideração na forma como abordamos tudo o que estamos fazendo e como Israel deve abordar tudo o que está fazendo“, afirma.
Se tratando do risco de conflito regional, o conselheiro destacou que os ataques das milícias apoiadas pelo Irã às forças dos EUA no Iraque e na Síria devem ser considerados independentes dos ataques dos Houthi aos navios do Mar Vermelho.
Mesmo que os EUA não descartem a possibilidade de ataques dentro do território iraniano, as atenções se concentram em ações fora do país. Por sua vez, o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, defende que seu país não iniciará uma guerra, mas que “responderá fortemente”.
Os últimos acontecimentos representam a maior perda de vidas militares dos EUA na região desde o início da guerra em Gaza, intensificando a escalada de tensões entre os EUA e grupos apoiados pelo Irã.
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