Houthis afirmam que vão manter ataques no Mar Vermelho, tensão aumenta
Aumentando ainda mais as tensões no Mar Vermelho, grupo Houthi afirma que vai continuar os...
O negociador-chefe do grupo houthi no Iêmen, Mohammed Abdulsalam, afirmou nesta segunda-feira que a posição do movimento não foi alterada após os recentes ataques aéreos liderados pelo Estados Unidos contra suas posições. Ainda segundo o líder, os ataques aos navios com destino a Israel continuarão.
Resposta aos Ataques no Mar Vermelho
A declaração de Abdulsalam surge uma semana após aviões de guerra, submarinos e navios americano e britânicos desferirem dezenas de ataques aéreos no Iêmen. Os ataques foram uma retaliação às ações houthis contra navios no Mar Vermelho, considerada pelo grupo alinhado ao Irã como uma resposta à ofensiva israelense em Gaza.
“Os ataques para deter os navios israelenses ou aqueles que se dirigem aos portos da Palestina ocupada continuarão”, disse Mohammed Abdulsalam em entrevista à Reuters.
Exigências Houthis
Segundo o líder houthi, o grupo ainda exige o fim da guerra em Gaza, bem como o envio de ajuda humanitária ao norte e sul da Faixa de Gaza. “Não queremos uma escalada nos mares Vermelho e Arábico”, afirmou.
Ele acrescentou que a militarização do Mar Vermelho foi promovida pelos Estados Unidos e Reino Unido, através de seus navios de guerra. Ainda segundo ele, toda navegação comercial nos mares Vermelho e Arábico é segura; a exceção são os navios israelenses ou aquele que se dirigem a Israel. Israel, por sua vez, negou repetidas vezes ter ligação com as embarcações atacadas.
Impacto no Comércio Marítimo
Devido a essa situação tensa no Mar Vermelho, algumas linhas de navegação internacionais interromperam suas entregas na região ou optaram por rotas mais extensas e mais onerosas.
“Nossa posição vem de princípios religiosos, morais e humanitários”, afirmou o líder houthi, “bem como em resposta aos apelos do povo da Palestina para apoiar os oprimidos na Faixa de Gaza”.
O movimento houthi controla grande parte do Iêmen, após quase uma década de guerra contra uma coalizão apoiada pelos EUA e liderada pela Arábia Saudita.
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