Homem morto em comício de Trump protegeu família de tiros
O bombeiro Corey Comperatore, de 50 anos, "mergulhou em sua família para protegê-los", diz governador de Pensilvânia
O governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, confirmou neste domingo, 14 de julho, que o bombeiro Corey Comperatore (à esquerda na foto), de 50 anos, foi morto durante a tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump em comício na cidade de Butler.
“Acabei de falar com a esposa de Corey e com as duas filhas de Corey”, disse Shapiro. “Corey era bombeiro. Corey ia à igreja todos os domingos. Corey amava sua comunidade. Mais especialmente, Corey amava sua família.”
Shapiro descreveu Comperatore como um “apoiador ávido do ex-presidente” e disse que estava animado por estar no comício.
“Perguntei à esposa de Corey se não haveria problema se eu compartilhasse o que conversamos. Ela também pediu que eu compartilhasse com todos vocês que Corey morreu como um herói”, continuou Shapiro. “Corey mergulhou em sua família para protegê-los ontem à noite neste comício”.
Shapiro disse que “todos os líderes precisam baixar a temperatura e superar a retórica odiosa que existe e buscar um futuro melhor e mais brilhante para esta nação”.
Outros dois espectadores ficaram gravemente feridos, segundo o Serviço Secreto americano.
Trump, que está em campanha, foi alvo de tiros enquanto discursava em um comício em Butler.
O atirador que tentou matar Trump
O FBI identificou o criminoso que tentou assassinar o ex-presidente Donald Trump na noite de sábado, 13 de julho, como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos. Segundo o órgão de investigação dos EUA, o atirador vivia no distrito de Bethel Park, Pensilvânia.
Ele atirou do telhado de uma fábrica a mais de 130 metros do palco do Butler Farm Show, evento realizado há mais de 70 anos.
Um dos tiros acertou de raspão a orelha de Trump, que foi então protegido por seus guarda-costas. Crooks foi morto por atiradores do Serviço Secreto e um rifle AR acabou sendo recuperado.
Quem era Thomas Matthew Crooks?
Thomas Matthew Crooks morava a cerca de uma hora de onde ocorreu o atentado em Butler e não tinha passagens criminais.
Registros eleitorais da Pensilvânia mostram que Crooks era um republicano registrado. A próxima eleição de 5 de novembro seria a primeira em que ele teria idade para votar.
De acordo com a Reuters, porém, Crooks, aos 17 anos, fez uma doação de 15 dólares a ActBlue, um comitê de ação política que arrecada fundos para políticos de esquerda e democratas. A doação foi destinada ao Progressive Turnout Project, um grupo que reúne eleitores democratas.
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