Homem armado é detido perto de convenção com Trump
Prisão ocorreu na tarde de segunda-feira, 15 de julho, no primeiro dia da convenção; Trump veio a comparecer pelo meio da noite
A polícia de Milwaukee, no estado americano do Wisconsin, deteve um homem armado a quarteirões da entrada da Convenção Nacional do Partido Republicano, da qual Donald Trump participa e que formaliza a candidatura presidencial dele.
A prisão ocorreu na tarde de segunda-feira, 15 de julho, no primeiro dia da convenção, quando os delegados republicanos votaram em sua maioria para oficializar a candidatura de Trump, que veio a comparecer pelo meio da noite, com curativos sobre sua orelha direita (foto).
O detido, de 21 anos, vestia uma máscara de esqui e carregava uma mochila militar.
“A Polícia do Capitólio dos Estados Unidos inicialmente observou o homem com aparência suspeita, usando uma máscara de esqui e uma grande mochila tática na rua”, disse o Departamento de Polícia de Milwaukee à CNN americana na noite desta terça-feira, 16 de junho.
O suspeito foi preso, porque ele não detinha licença legal para o porte da arma. As autoridades locais ainda não reveleram as acusações contra o detido.
Atentado a Trump: a desculpa esfarrapada da diretora do Serviço Secreto
A diretora do serviço secreto dos Estados Unidos, Kimberly Cheatle, tentou explicar a falha no esquema de proteção de Donald Trump no comício eleitoral de sábado, 13 de julho, durante o qual o agora candidato presidencial republicano foi alvo de um atentado a tiros.
O serviço secreto é responsável pela segurança de todos os ex-presidentes e candidatos presidenciais também.
Segundo Cheatle, havia um “fator de segurança“ que levou o serviço secreto a não deslocar um agente para o “telhado inclinado“, onde estava o atirador, Thomas Matthew Crooks, a 150 metros do comício.
“Esse edifício em particular tem um telhado inclinado em seu ponto mais alto. E então, você sabe, há um fator de segurança que seria considerado lá, que não gostaríamos de colocar alguém em um telhado inclinado“, disse a diretora à ABC News em uma entrevista nesta terça-feira, 16.
“E então, você sabe, a decisão foi tomada para proteger o prédio, por dentro”, acrescentou.
Segundo a imprensa americana, Crooks, de 20 anos, teria permanecido naquele telhado por 30 minutos antes de disparar o primeiro tiro.
Ele teria escapado do serviço secreto e das autoridades policiais locais três vezes desde o primeiro momento que foi avistado, antes de chegar ao telhado.
Crooks foi morto logo após disparar contra Trump e perfurar a parte superior da orelha direita do ex-presidente.
O FBI, equivalente à Polícia Federal no Brasil, está investigando o caso. O órgão já obteve acesso ao celular e ao computador do atirador.
Segundo a emissora NBC News, mais de uma dezena de armas foram encontradas na casa de Crooks, que vivia com os pais.
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