Holanda decide fechar fronteiras com a União Europeia
Primeiro-ministro holandês, Dick Schoof, condenou novamente os ataques antissemitas a torcedores israelenses na última semana
A ministra da Migração da Holanda, Marjolein Faber, anunciou nesta segunda-feira, 11, que o país vai fechar temporariamente a fronteira terrestre com a União Europeia por seis meses para “controlar fluxos migratórios irregulares” a partir do dia 9 de dezembro.
“É tempo de enfrentarmos a migração irregular e o contrabando de migrantes em termos concretos. É por isso que começaremos a reintroduzir os controles fronteiriços nos Países Baixos a partir do início de dezembro“, escreveu a ministra no X.
O governo holandês, em nota, afirma que a medida é destinada a pessoas “que não reúnem condições para entrar ou permanecer nos Países Baixos e é feita com base nos regulamentos europeus e nos acordos existentes com os estados membros, incluindo a Bélgica e a Alemanha“.
O território holandês faz fronteira com a Alemanha e a Bélgica no Espaço Schengen, uma zona livre de circulação de cidadãos e comércio na União Europeia.
A medida adotada faz parte de uma série da ações desenvolvidas por partidos de direita e aprovadas, em outubro, para conter a imigração irregular no país.
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Primeiro-ministro cita ataque antissemita
A política de maior rigidez no controle fronteiriço foi uma das pautas que levou à vitória do direitista Geert Wilders, membro do Partido da Liberdade, nas eleições do ano passado.
Apesar de não ter assumido o cargo, sem o apoio dos partidos de coalização de direita, Wilders escreveu, neste domingo, 10, lembrando do ataque contra judeus na última semana em Amsterdã:
Todos aqueles partidos que governaram durante anos e deixaram as nossas fronteiras abertas deveriam ter vergonha de si próprios. Eles agora choram lágrimas de crocodilo, mas são inteiramente responsáveis pela importância e crescimento de todo esse ódio repugnante aos judeus“, registrou no X.
Da mesma forma, o primeiro-ministro da Holanda, Dick Schoof, condenou nesta segunda-feira, 11, as agressões contra os torcedores do Maccabi Tel Aviv nas ruas:
“Não há nada que possa justificar o que aconteceu em Amesterdã na noite de quinta para sexta-feira. Foi anti-semitismo não adulterado, violência antissemita não adulterada. Nós, como governo, rejeitamos isso incondicionalmente e devemos rejeitar isso incondicionalmente como país.”
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