A liderança do Hezbollah está “perfeitamente organizada”, apesar dos ataques “dolorosos”, disse Naïm Qassem, o número dois do grupo terrorista libanês, na terça-feira, 8 de outubro.

A eleição do novo secretário-geral – pelo Conselho Shura, de sete membros – “será organizada” de acordo com “os regulamentos internos” do movimento pró-iraniano, apesar das condições “difíceis”, continuou ele.

“Temos confiança na política de Nabih Berry (presidente do Parlamento) para alcançar um cessar-fogo”, declarou ele no canal libanês de língua árabe al-Manar. “Nossas capacidades são boas”, garantiu Naïm Qassem também na terça-feira, após um ano de tiroteios transfronteiriços com Israel.

“Todos os dias alcançamos muitos sucessos: centenas de foguetes (disparados), dezenas de drones, um grande número de assentamentos e cidades (israelenses) estão sob o fogo de foguetes de resistência (…) Quero tranquilizá-los, nossas capacidades são boas, ao contrário do inimigo que afirma ter-nos enfraquecido.

Acreditando que “é agora claro que atacar o Líbano fazia parte dos objetivos de Israel desde o início”, o vice-presidente do Hezbollah declarou que “as perdas do inimigo no norte de Israel são enormes”, mas que o Estado hebreu “não as anuncia e censura a si mesmo.”

O Hezbollah disse também que atacou uma base de inteligência militar ao sul de Haifa, a terceira cidade de Israel, com mísseis “Fadi 1” e lançou outro ataque em Tiberíades, a 65 quilômetros de distância.

Mais de 15 mil soldados israelenses no sul do Líbano

O exército não revelou o número de tropas atualmente operando no Líbano, mas de acordo com o correspondente militar de Israel do Times, o número total de tropas israelenses empenhadas no sul daquele país é agora “provavelmente superior a 15.000”.

As operações terrestres israelenses no sul do Líbano começaram em 30 de outubro, com o exército descrevendo-as como “ataques limitados, localizados e direcionados” destinados a desmantelar a infraestrutura do Hezbollah na região.

Até então, a ofensiva terrestre israelense concentrava-se no sul e sudeste do Líbano, mas com o envio de tropas da 146.ª Divisão, o exército expandiu agora a sua área de operações para o país do sudoeste do Líbano.

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