Em uma revelação chocante que promete reacender debates acerca da privacidade e ética jornalística, o time legal do Príncipe Harry levou a tribunal alegações contra os tabloides britânicos de Rupert Murdoch. No coração de Londres, na High Court, foi apresentado que linhas fixas do Príncipe e mensagens em pager da sua falecida mãe, Princesa Diana, foram indevidamente acessadas por estes tabloides.

No passado, julho de 2023, o Juiz Timothy Fancourt abriu caminho para Harry levar suas reivindicações sobre coleta ilegal de informações a julgamento. Contudo, parte das alegações, especificamente as relativas a décadas de hackeamento de celulares, foram descartadas por terem sido apresentadas tardiamente. Com recentes desenvolvimentos, a equipe de Harry busca amendar a ação legal, incluindo novas acusações de vigilância intrusiva que remontam até sua então namorada, agora esposa, Meghan em 2016.

Como Rupert Murdoch Influenciou o Escândalo?

Não é a primeira vez que as relações entre a realeza britânica e a imprensa vêm à tona. Esta nova fase do processo realça a complexa relação entre a família real e os meios de comunicação massivos. Os documentos judiciais detalham acusações profundas, incluindo o monitoramento ilegal de Diana, conhecido por editores e executivos sêniores da NGN, grupo responsável pelos tabloides em questão.

A resistência por parte da NGN em aceitar as novas alegações baseia-se em diversos argumentos, incluindo a premência e falta de evidências diretas. Ainda assim, histórias de hackeamento de telefonemas tornaram-se infames com o caso do News of the World em 2011, quando Murdoch pediu desculpas pelo ocorrido, resultando no fechamento do jornal após uma reação negativa sem precedentes.

Harry e a Prensa Britânica: Um Campo de Batalha

Desde que abdicou de suas funções reais em 2020 e se mudou para a Califórnia, Harry tem dedicado considerável atenção à batalha contra a imprensa britânica. Acusações de intrusão em sua vida privada, propagação de falsidades e ataques àqueles a quem preza tornaram-se o cerne de sua luta.

A disputa legal, programada para ir a julgamento em janeiro do ano seguinte, não é somente sobre invasões passadas, mas sim uma crítica mais ampla às práticas da imprensa tabloide. Em dezembro passado, Harry já havia vencido um processo contra o Mirror Group Newspaper, consolidando a narrativa de que altos executivos estavam cientes das práticas indevidas.