Hamas pede armas ao mundo islâmico e Blinken chega a Israel
Essa é a quarta visita de Blinken a Israel, desde o início da guerra em Gaza, e se dá após ataques na Síria e no Líbano que mataram dois altos funcionários do Hamas e do Hezbollah.
Um dos líderes do grupo terrorista Hamas, Ismaïl Haniyeh, apelou nessa terça-feira, 9 de janeiro, aos países muçulmanos para “apoiá-lo” na sua guerra contra Israel na Faixa de Gaza, fornecendo-lhe “armas”:
“O papel da nação muçulmana (…) é importante” e “chegou a hora de apoiar a resistência com armas, porque é a batalha de Al-Aqsa e não apenas a batalha do povo palestino”, declarou ele, em um discurso proferido em Doha, cujo texto foi transmitido aos meios de comunicação social na Faixa de Gaza.
A Mesquita Al-Aqsa fica em Jerusalém é o terceiro local mais sagrado do Islã.
Antony Blinken no Oriente Médio
O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, por sua vez, se reunirá com os líderes israelenses também nessa terça-feira, 9, a fim de pressionar por uma desescalada da guerra em Gaza.
Israel passa por um “momento muito difícil”, mas tem “chances” “integração real” com os seus vizinhos árabes, afirmou o secretário de Estado norte-americano, em Tel Aviv, onde continua a sua viagem pelo Oriente Médio.
“Conheço os esforços que vocês fizeram ao longo de vários anos para construir conexões e integração muito melhores no Oriente Médio. E acho que há chances reais nesta área. Mas temos de ultrapassar este momento muito difícil”, disse Antony Blinken no início de uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz.
Essa é a quarta visita de Blinken a Israel, desde o início da guerra em Gaza, e se dá após ataques na Síria e no Líbano que mataram dois altos funcionários do Hamas e do Hezbollah.
A ameaça do Hezbollah
Em resposta à eliminação do número dois do Hamas e de um alto oficial militar de sua formação, o Hezbollah afirma ter como alvo um centro de comando do exército israelense no norte do país.
Os militares israelenses disseram que atacaram locais militares do Hezbollah no Líbano, mas não comentaram imediatamente a morte do oficial do Hezbollah.
Na segunda-feira, 8 de janeiro, o exército israelense anunciou que tinha matado uma figura central do Hamas na Síria, Hassan Akasha: “Ele foi uma figura central responsável pelos foguetes disparados contra Israel pelo Hamas a partir do território sírio nas últimas semanas”, disse o exército.
A escalada do conflito
Os ataques israelenses no Líbano e na Síria, bem como a escalada dos ataques às forças dos EUA no Iraque e o ataque contra navios no Mar Vermelho, levada a cabo pelos rebeldes iemenitas em apoio ao Hamas, aumento o risco de o resto do Oriente Médio ser arrastado para a guerra.
É com objetivo de evitar isso que Antony Blinken iniciou seu novo périplo que o levou à Turquia, Jordânia, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e, finalmente, Israel.
O secretário de Estado devese reunir com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, bem como com o presidente Isaac Herzog e os ministros da Defesa e das Relações Exteriores. Ele deve se reunir também com o membro do gabinete de guerra e figura da oposição Benny Gantz.
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