Hamas parte para terror psicológico e família de refém exposta pede respeito
Grupo terrorista sentiu avanço das tropas israelenses e divulgou vídeo com a voz de Noa Argamani, sequestrada em rave
Encurralado no campo de batalha na Faixa de Gaza após a conquista do Corredor Filadélfia pelas Forças de Defesa de Israel, na fronteira com o Egito, o Hamas partiu para o terror psicológico, divulgando nesta sexta-feira, 31, um vídeo com a voz da refém israelense Noa Argamani, de 25 anos, sequestrada do festival de música eletrônica Nova em 7 de outubro de 2023 junto com seu namorado, Avinatan Or.
A cena (vídeo abaixo) em que Noa é levada na garupa de uma motocicleta, enquanto grita em desespero por Avinatan, conduzido por outros terroristas pelos braços logo atrás, tornou-se uma das mais emblemáticas do dia em que o Hamas sequestrou 239 pessoas e matou outras 1.200.
Os porta-vozes da sede das famílias de reféns emitiram rapidamente a seguinte nota:
“Há pouco tempo, o Hamas divulgou um vídeo no qual se ouve a voz de Noa Argamani, mantida em cativeiro pelo Hamas há 238 dias.
A família Argamani solicita não transmitir e publicar o vídeo. Além disso, a família pede para respeitar a privacidade dela e não contatá-la.”
Segundo a nota, “125 sequestrados foram mantidos em cativeiro pelo Hamas durante 238 dias. Não é necessário nenhum vídeo de propaganda do Hamas para ecoar o apelo ao governo israelense: é preciso chegar a um acordo que os traga de volta para casa em breve!”
O Antagonista não vai transmitir nem publicar o vídeo, mas, ouvidas pelo portal, autoridades militares e pessoas em contato com as famílias dos reféns afirmaram não haver problema em descrever o seu conteúdo, para dar a dimensão dos métodos do Hamas sem expor Noa.
Eis o que ela diz, submetida às ordens do grupo terrorista, interessado em jogar o povo israelense contra o Gabinete de Guerra, composto pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu; pelo ministro da Defesa, Yoav Gallant; e pelo opositor Benny Gantz:
“Olá.
Estou aprisionada pelas Brigadas Al-Qassam.
Estou em cativeiro há mais de 237 dias
e não sei até quando.
Eu digo ao povo de Israel: vocês se tornaram parceiros do governo de Netanyahu, Gallant e Gantz?
Meu destino junto com o de meus colegas será como o destino de Ron Arad?”
Ron Arad, nascido em 1958, foi um membro da Força Aérea Israelense que ficou oficialmente classificado como “desaparecido em combate” desde outubro de 1986. Ele teria sido capturado durante missão no Líbano pelo Movimento Amal e posteriormente entregue ao Hezbollah.
A voz de Noa continua:
“Que milhares de mulheres e homens saiam e bloqueiem as ruas de Tel Aviv e não voltem para casa até nós [reféns] voltarmos para casa!
Não coloquem seus destinos nas mãos de Netanyahu e do Gabinete de Guerra!
Salvem-nos!
O tempo está se esgotando.
O povo precisa decidir.
Não queremos morrer aqui.
O tempo está se esgotando.”
As imagens do vídeo são de mãos femininas com uma caneta, apoiadas sobre uma mesa coberta por desenhos, um deles de uma refém sentada em cativeiro, outro da palavra “freedom”, que significa liberdade em inglês. Há efeitos visuais e sonoros sombrios, com fumaça e, no fim, relógios fazendo tic-tac.
Nos últimos dias, o Exército israelense vem destruindo dezenas de túneis terroristas, nos quais se certifica de que não há mais reféns.
Sem eles para serem usados pelo Hamas como rota de fuga, esconderijo e contrabando de armas e pessoas, acaba o oxigênio do terror, na visão de autoridades israelenses.
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