Hamas convoca um “dia de raiva” pela eliminação de Ismaïl Haniyeh
Depois de um funeral oficial, marcado por apelos à vingança, que juntou milhares de pessoas na quinta-feira, 1, em Teerã, terá lugar outra cerimônia na mesquita do imã Mohammad ben Abdel Wahhab, a maior do Catar
O líder do Hamas, Ismaïl Haniyeh, eliminado na quarta-feira, 31 de julho, no Irã, após um ataque atribuído a Israel, deve ser enterrado na sexta-feira, 2 de agosto, no Catar, onde viveu no exílio.
Depois de um funeral oficial, marcado por apelos à vingança, que juntou milhares de pessoas na quinta-feira, 1, em Teerã, terá lugar outra cerimônia na mesquita do imã Mohammad ben Abdel Wahhab, a maior da capital, Doha.
O Hamas convocou um “dia de raiva” para marcar o enterro de seu líder político e exigiu que “marchas furiosas começassem em todas as mesquitas” após a cerimônia de sexta-feira.
Luto nacional na Turquia
A Turquia declarou um dia de luto nacional pela eliminação do terrorista Ismail Haniyeh.
O Irã, o Hamas e o Hezbollah libanês acusaram Israel. Segundo o exército israelense, porém, o único ataque realizado naquela noite no Oriente Médio foi o que eliminou Fouad Chokr, o líder militar do Hezbollah, nos subúrbios ao sul de Beirute.
O New York Times, citando cinco responsáveis de países do Oriente Médio que falaram sob condição de anonimato, disse que Ismail Haniyeh foi morto por uma bomba escondida durante cerca de dois meses na residência onde estava hospedado, protegido pelos Guardas de Segurança da Revolução, num bairro nobre, no norte de Teerã.
Linhas vermelhas
“Israel não sabe quais linhas vermelhas cruzou”, disse o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, na quinta-feira, 1 de agosto, durante o funeral de Fouad Chokr, ameaçando Israel com uma “resposta inevitável”. À noite, o Hezbollah anunciou que havia lançado dezenas de foguetes contra o norte de Israel.
Os ataques em Teerã e Beirute reavivaram os receios de uma extensão da guerra a todo o Oriente Médio, entre Israel, por um lado, e o Irã e os grupos que ele apoia no Líbano, na Síria, no Iraque e no Iémen, por outro.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse na quinta-feira,1, que Israel estava em um “nível muito alto” de preparação para qualquer cenário, “tanto defensivo quanto ofensivo”, segundo seu gabinete.
EUA reafirmam apoio
Num telefonema com Netanyahu na quinta-feira, o Presidente dos EUA, Joe Biden, reafirmou o seu compromisso com a segurança de Israel contra todas as ameaças do Irã, incluindo grupos terroristas por procuração como o Hamas, o Hezbollah e os Houthis do Iémen.
Segundo o New York Times, citando três responsáveis iranianos não identificados, o aiatolá Khamenei, durante uma reunião de emergência do Conselho Supremo de Segurança Nacional na quarta-feira, deu a ordem para atacar Israel diretamente, em resposta ao assassinato de Haniyeh.
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