Hamas agora oferece apenas 20 reféns
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA comentou que é o Hamas que representa um obstáculo para o cessar-fogo
Na noite desta segunda-feira, 15, um oficial israelense de alta patente revelou, segundo matéria do Israel National News, que o Hamas concordou em libertar somente 20 dos 133 reféns detidos. Esta oferta está significativamente abaixo do número de reféns que Israel esperava ver libertados nas negociações atuais.
Segundo a fonte do Hamas, existem múltiplas razões para acreditar que o número reduzido de reféns a serem liberados pode indicar que muitos dos detidos inicialmente propostos já não estão vivos. Esta suspeita decorre de afirmações do grupo de que as mulheres, homens acima de 50 anos e aqueles com graves condições médicas, incluídos na negociação, podem estar mortos ou em poder de outras facções.
Paralelamente, o Hamas demanda a libertação de terroristas que cumprem penas longas em prisões israelenses, incluindo condenados por assassinatos, em troca de cada refém liberado. Adicionalmente, o grupo exige garantias internacionais que assegurem a completa suspensão das hostilidades como condição inicial para o acordo.
Fontes indicam que Yahya Sinwar, líder do Hamas, parece desinteressado em prosseguir com o acordo proposto. Acredita-se que ele espera que a pressão internacional sobre Israel aumente, permitindo que o Hamas continue seu combate, na expectativa de abrir uma nova frente de conflito na fronteira com o Líbano.
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, comentou que, apesar das concessões significativas de Israel, é o Hamas que agora representa um obstáculo para o cessar-fogo. Miller destacou que a proposta incluía termos bastante favoráveis ao Hamas, que teriam permitido um cessar-fogo imediato de seis semanas em Gaza, beneficiando os cidadãos palestinos que o grupo alega representar.
Senadores republicanos e Donald Trump criticam Biden
Senadores republicanos aumentaram as críticas à política externa do presidente Joe Biden, especialmente após um ataque sem precedentes do Irã contra Israel, realizado neste sábado, 13. O ataque, que contou com mais de 300 mísseis e drones, foi uma resposta iraniana a um ataque aéreo israelense em Damasco, que resultou na morte de um alto oficial iraniano.
O senador Lindsey Graham, da Carolina do Sul, expressou preocupação com a eficácia da dissuasão americana, citando que as advertências de Biden não foram suficientes para prevenir a ação iraniana. Outros republicanos, como a representante Nancy Mace e o ex-presidente Donald Trump, também criticaram a liderança de Biden, atribuindo o ataque à “grande fraqueza” dos EUA sob sua administração.
Trump, durante um comício na Pensilvânia, sugeriu que um incidente como esse não ocorreria em seu mandato, reforçando a narrativa de uma política externa enfraquecida. Em resposta, Biden convocou uma reunião de emergência do G7 para discutir o ataque, que ele descreveu como “descarado”.
A Casa Branca, através do porta-voz Andrew Bates, defendeu as ações de Biden, destacando que o presidente reforçou suas advertências ao Irã com medidas militares para assegurar a defesa de Israel. Esta resposta foi parte de um esforço para demonstrar o compromisso contínuo dos EUA com a segurança israelense, em contraste com as críticas recebidas de figuras republicanas.
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