Haiti prorroga estado de emergência em Porto Príncipe
A medida, segundo uma publicação no Diário Oficial do país caribenho, será válida por um mês
O governo do Haiti prorrogou nesta quinta-feira, 7, o estado de emergência em parte de Porto Príncipe, capital do país.
A medida, segundo uma publicação no Diário Oficial do país caribenho, será válida por um mês.
O decreto foi, originalmente, planejado para vigorar até quarta-feira, 6. Contudo, o governo do Haiti já havia dito que poderia prorrogá-lo.
Segundo o governo do Haiti, o estado de emergência proíbe todos os protestos públicos e permite que as forças de segurança do país utilizem “todos os meios legais” para fazer cumprir o toque de recolher noturno obrigatório que está em vigor até 11 de março.
Fuga em massa de presidiários
O estado de emergência foi adotado após uma gangue armada invadir uma penitenciária e liberar cerca de 4 mil detentos em Porto Príncipe.
Ação dos criminosos resultou na morte de pelo menos dez pessoas.
Ameaça de guerra civil no Haiti
Barbecue, um poderoso líder de uma das gangues que assolam o Haiti ameaçou iniciar uma “guerra civil” se o primeiro-ministro, Ariel Henry, não renunciar.
“Se Ariel Henry não renunciar, se a comunidade internacional continuar a apoiá-lo, caminharemos para uma guerra civil que levará ao genocídio”, disse num comunicado Jimmy Cherizier, apelidado de Barbecue.
Desde a semana passada, gangues armadas que controlam grandes áreas do Haiti, incluindo a capital, Porto Príncipe, lançaram ataques em vários locais estratégicos para, dizem, derrubar o primeiro-ministro.
“Devemos nos unir. Ou o Haiti se torna um paraíso para todos ou um inferno para todos”, acrescentou o ex-policial de 46 anos, que se tornou líder de uma coalizão de gangues conhecida como G9 e sujeita a sanções da ONU.
Ariel Henry está no território americano de Porto Rico, onde precisou pousar após retornar de uma viagem ao Quênia na terça-feira, 5.
O secretário de Estado de Porto Rico, Omar Marrero, afirmou que “o FBI dos EUA está trabalhando em coordenação com as autoridades federais locais para ajudar Henry após sua chegada à ilha”.
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