Grupos armados ilegais se expandem na Colômbia, aponta relatório da ONU
Relatório da ONU aponta expansão alarmante de grupos armados ilegais na Colômbia em 2023
O território colombiano sofre uma crescente onda de controle por grupos armados ilegais em 2023, conforme indica um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU). As práticas desses grupos resultam em violações explícitas dos direitos humanos, afetando diretamente diversas comunidades.
O complexo conflito interno colombiano
A Colômbia enfrenta há mais de seis décadas um persistente conflito interno. Este confronto prolongado causou a morte de mais de 450 mil pessoas no país sul-americano. Apesar dos esforços do presidente Gustavo Petro para alcançar a paz com grupos armados, incluindo guerrilhas e bandos criminosos, a situação ainda é muito instável e complexa.
A escalada da violência
Segundo o relatório da ONU, houve um aumento de 14,4% no número de cidades vítimas de violência. Ademais, este número saltou de 180 em 2022 para 206 em 2023. A violência intensificada tem feito inúmeras vítimas, o que levou a Federação Internacional para os Direitos Humanos a unir forças com organizações locais. Juntas, elas pedem que as autoridades protejam os povos indígenas, sobretudo o povo Viwa, na Sierra Nevada de Santa Marta, no norte do país.
O êxodo do povo Viwa e os deslocados pelo conflito
Cerca de 300 membros do povo Viwa tiveram que abandonar suas terras. Eles buscaram abrigo em outras cidades como Riohacha, fugindo de confrontos entre grupos armados. Infelizmente, esta é apenas uma face da tragédia.
Em 2023, a ONU reportou 62.967 casos de pessoas deslocadas forçadas por esse ambiente de violência. Há, inclusive, o registro de 134 casos de recrutamento de crianças e adolescentes por esses grupos armados.
A instabilidade e o medo continuam a moldar a realidade de muitos colombianos. Enquanto o país busca uma solução para seu prolongado conflito interno, a proteção dos direitos humanos e a garantia da segurança se tornam cada vez mais urgentes.
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