Radicais publicam mapa de judeus em NY: “Conheça seu inimigo”
Em mais um episódio perturbador de antissemitismo explícito no Ocidente, o grupo radical "Within Our Lifetime", que apoiou os massacres de 7 de outubro do Hamas, publicou em seu site e nas redes sociais um mapa que indicava...
Em mais um episódio perturbador de antissemitismo explícito no Ocidente, o grupo radical “Within Our Lifetime”, que apoiou os massacres de 7 de outubro do Hamas, publicou em seu site e nas redes sociais um mapa que indicava a localização de organizações judaicas na cidade de Nova York, EUA.
O título do mapa dizia “Globalize a intifada“ e chamava os locais marcados de “Zonas de Operação“, uma clara incitação à violência. O “Within Our Lifetime” justificou a publicação dizendo que judeus novaiorquinos têm “sangue nas mãos”. No Instagram, o mapa era acompanhado da legenda “Conheça seu inimigo”. Outras postagens do grupo chamavam as organizações judaicas de “falsas instituições de caridade sionistas que financiam colonos na Palestina”.
As postagens do grupo traziam convocações explícitas a perseguição e constrangimento dos judeus novaiorquinos nos locais marcados no mapa: “Faça desses locais uma parada em seus protestos, piquete e panfletagem fora deles, deixem os apoiadores do genocídio desconfortáveis!”. O líder do “Within Our Lifetime”, Nerdeen Kiswani, também compartilhou o mapa e disse: “Os apoiadores do genocídio estão entre nós”.
“Cada um dos locais neste mapa reflete a localização de um escritório de um inimigo do povo palestino e do povo colonizado em todo o mundo. Hoje e além, esses locais serão locais de mobilização popular em defesa do nosso povo”, escreveu o grupo em suas postagens. “Que este mapa sirva como um chamado para que cada luta aja em seu próprio interesse”, diz o texto, que se encerra com o bordão “do rio ao mar”, que simboliza a destruição de Israel.
Segundo o jornal The Times of Israel, o “Within Our Lifetime” apoiou o massacre de 7 de outubro do Hamas dizendo que “qualquer meio necessário” seria válido para a “libertação palestina” e, desde então, realiza protestos de rua quase diários. O grupo instrui seus seguidores a gritar “Israel tem que acabar”, “Esmagar o Estado sionista colono” e “Não queremos dois Estados” nas manifestações. Lideranças do grupo radical já foram presas nos EUA por agressões e espancamentos de judeus.
Não é a primeira vez que judeus são “mapeados” por ativistas antissemitas nos EUA. Um “coletivo anônimo” de Boston, chamado “The Mapping Project” (“Projeto Mapeamento”), publicou em 2022 nomes e endereços de grupos judeus de Massachusetts, incluindo escolas, associações comunitárias e sinagogas. O grupo foi inicialmente apoiado pelo capítulo local do BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções), conhecido movimento anti-Israel, mas, com a repercussão negativa e pedidos de investigação, acabaram sendo condenados pela direção nacional.
A onda de antissemitismo que tem varrido o mundo é fonte de preocupação de diversos líderes das principais democracias, com poucas exceções alinhadas a condenar o legítimo direito de defesa de Israel, como o Brasil. Lula e seus assessores têm seguidamente subido o tom contra o país vítima dos ataques de 7 de outubro.
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