Greve de fome pelo clima: militante radical está à beira da morte
"O governo está a serviço das pessoas que estão destruindo a terra, que estão pilhando os seus recursos e saqueando-nos a todos”, escreveu o ecologista extremista.
O engenheiro Wolfgang Metzeler-Kick está em greve de fome há 91 dias e se sente ignorado pelo Chanceler alemão. Ele está disposto a aceitar a morte, mesmo que isso signifique tornar um adolescente órfão e vai parar de ingerir líquido, em defesa do clima: “Se eu cair morto, quero cair nos pés do Sr. Scholz”, diz ele.
Metzeler-Kick está num campo de protesto extremista climático próximo ao Ministério Alemão de Assuntos Econômicos, em Berlim, e está em greve de fome desde 7 de março. Desde então ele só consumiu líquidos, minerais e sais. Como o chanceler alemão, Olaf Scholz, ainda não está fazendo o que os grevistas exigem, Metzeler-Kick decidiu não ingerir mais líquido e aguarda a sua morte.
Na campanha “Fome até ser honesto”, quatro participantes não comem nenhum alimento atualmente para incentivar o governo federal a “ser mais honesto” diante da crise climática.
Wolfgang Metzeler-Kick, de 49 anos, é o que está na campanha há mais tempo. Sua condição agora é considerada fatal. O seu colega Adrian Lack (34 anos, sem comer há 30 dias) também afirmou que vai parar de tomar líquido.
No dia 3 de junho, Wolfgang foi internado no hospital da Bundeswehr, quando a equipe médica responsável classificou o seu quadro de saúde como grave risco de vida.
Tendo em conta esta emergência, ativistas climáticos pediram a Olaf Scholz que adotasse uma declaração governamental o mais rapidamente possível, na qual expressasse o drama da crise climática. Mas o Chanceler ainda não fez tal declaração.
Wolfgang Metzeler-Kick já tinha um texto preparado para o caso de ser hospitalizado:
“Aparentemente o governo está mais disposto a deixar morrer pessoas famintas do que a expor fatos científicos. O fato é: centenas de gigatoneladas de CO2 precisam ser removidas do ar hoje.
O governo está a serviço das pessoas que estão destruindo a terra, que estão pilhando os seus recursos e saqueando-nos a todos. O governo Scholz não se preocupa com a minha vida, nem com o meu filho, nem com você e com todos os outros”, escreveu o militante extremista do clima.
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