Governo sírio impõe toque de recolher após protestos de alauítas
Segundo o Ministério do Interior, o vídeo que teria gerado a revolta teria sido gravado durante a tomada de Aleppo, em novembro, contra as forças de Assad
Manifestantes do grupo étnico dos alauítas protestaram nas ruas da Síria nesta quarta-feira, 25, após a divulgação de um suposto vídeo em que integrantes do novo governo estariam atacando um santuário.
Na província de Homs, um dos locais das manifestações, a polícia impôs toque de recolher para conter a população. Também foram registrados protestos em Jableh, Tartus e Latakia.
Segundo o Ministério do Interior, o vídeo que teria gerado a revolta dos alauítas foi gravado durante a tomada de Aleppo, em novembro, contra as forças do ditador deposto Bashar Assad.
O novo governo sírio, dos terroristas do Tahrir al-Sham (HTS), é composto por rebeldes sunitas. Assad era de família alauíta, cujo grupo religioso representa minoria no país.
Sob o regime da família Assad, a minoria alauíta era minimamente protegida.
Legitimidade
Responsável pela deposição de Assad, o HTS busca legitimidade entre os sírios.
Por várias vezes, os líderes dos jihadistas garantiram que não vão perseguir as minorias religiosas.
Segundo o líder da transição, Mohammed Bashir, o novo governo sírio buscará a paz. Foi ele quem convocou os refugiados a retornaram ao país.
Entre os cristãos, por exemplo, há ceticismo sobre o comportamento do novo governo.
No feriado de Natal, porém, o grupo religioso acendeu uma árvore gigante na capital.
O bairo de Bab Touma, cuja maior parte da população pratica o cristianismo, voltou a ter novas atividades religiosas após a queda do ditador Bashar Assad.
No domingo, 14, fiéis foram às igrejas de Bab Touma pela primeira vez desde que o grupo terrorista HTS assumiu ao governo.
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