Governo sírio faz operação para localizar simpatizantes de Assad
Forças de segurança sírias buscam antigos integrantes e apoiadores do regime de Assad na província de Homs
Militares do novo governo sírio, comandado pelos jihadistas do Tahrir al-Sham (HTS), anunciaram o início de uma operação de segurança em bairros da província de Homs, uma das principais cidades do pais, visando identificar apoiadores do ditador deposto Bashar Assad.
De acordo com o Ministério do Interior, a ação busca confiscar armas e munições que ficaram escondidas entre os civis após a queda do regime.
Os dois bairros de Homs são povoados majoritariamente pelo grupo étnico dos alauítas, do qual a família de Assad fazia parte.
Desde o início da transição, os líderes do HTS pediram para que simpatizantes do antigo regime entregassem as armas. Segundo eles, o novo governo não perseguiria qualquer integrante ou apoiador de Assad.
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Toque de recolher
No dia 25 de dezembro, manifestantes alauítas tomaram as ruas de Homs, após a divulgação de um suposto vídeo em que integrantes do novo governo estariam atacando um santuário.
Os militares impuseram toque de recolher para conter a população.
Também foram registrados protestos em Jableh, Tartus e Latakia.
Segundo o Ministério do Interior, o vídeo que teria gerado a revolta dos alauítas foi gravado durante a tomada de Aleppo, em novembro, contra as forças do ditador deposto Bashar Assad.
Aceno a dissidentes
Na linha do discurso de “união” do país, o governo de transição sírio considera a reinclusão de dissidentes do regime do ditador deposto Bashar Assad.
Para voltar a trabalhar, os ex-integrantes do antigo regime deverão cumprir uma lista de pré-requisitos, entre eles ter desertado no período entre 2011 e 2021.
Segundo o Ministério do Interior, o requerente “não pode ter sido condenado por qualquer crime grave ou hediondo”.
Além disso, os solicitantes precisarão apresentar uma série de documentos ao novo governo e participar de cursos.
A burocracia síria ficou fragilizada após os confrontos entre o Tahrir al-Sham (HTS) e as forças do ditador Assad.
Agora, o novo governo tenta reincorporar antigos funcionários para acelerar a recuperação do país.
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