Governador veta proteção às mulheres nos esportes femininos
Os críticos do veto argumentam que a inclusão irrestrita de transgêneros nos esportes femininos mina os princípios de justiça esportiva
O governador democrata de Wisconsin, Tony Evers, enfrenta uma enxurrada de críticas após seu veto a um projeto de lei do Partido Republicano destinado a proteger os esportes femininos, impedindo atletas transgêneros de competir em categorias que não correspondem ao seu sexo biológico.
O veto, que Evers defende como uma medida alinhada aos “valores de Wisconsin”, coloca o estado no centro do debate sobre a inclusão de atletas transgêneros em esportes femininos e os impactos dessa política na integridade e segurança das competições e das atletas.
A controvérsia em torno da participação de atletas transgênero masculinos em esportes femininos tem se intensificado, com incidentes documentados que revelam o risco potencial para a segurança física e o bem-estar das atletas femininas. Casos recentes exemplificam a natureza problemática desta inclusão, onde atletas femininas sofreram lesões significativas em competições com atletas transgênero masculinos.
Os críticos do veto do governador Evers argumentam que a inclusão irrestrita de atletas transgênero masculinos nos esportes femininos mina os princípios de justiça esportiva, colocando em risco não apenas a integridade das competições, mas também a segurança física das atletas femininas.
Além disso, afirma-se que essa política desvaloriza as conquistas e o esforço das mulheres no esporte, negando-lhes uma plataforma equitativa para competir e ser reconhecidas por seus méritos.
Atletas femininas iniciam processo judicial contra inclusão de transgêneros no esporte
Um grupo de mais de uma dúzia de atletas femininas abriu uma ação coletiva contra a Associação Nacional Atlética Colegial (NCAA) devido à inclusão de atletas transgêneros em competições esportivas femininas. Central para a disputa legal está Lia Thomas, atleta trans que conquistou destaque nas competições de natação da NCAA em 2022, representando a Universidade da Pensilvânia.
O processo alega que a NCAA e o Georgia Tech, sede do evento, violaram o Título IX, uma lei federal que assegura igualdade de oportunidades para homens e mulheres em esportes e educação colegial. Os reclamantes buscam uma mudança nas regras para tornar os homens biológicos inelegíveis para competir em categorias femininas, além de exigir a revogação de todos os prêmios concedidos a atletas trans nestas competições.
Além de reivindicações financeiras por “dor e sofrimento, angústia mental e emocional”, o processo critica a NCAA por comprometer a privacidade e segurança em vestiários femininos, citando a exposição involuntária de atletas femininas a homens nus. Entre as atletas apoiando a ação estão Kylee Alons, Riley Gaines e Kaitlynn Wheeler, que expressaram desconforto pela presença de Thomas nos vestiários femininos.
A ação, encabeçada pelo Conselho Independente de Esportes Femininos, desafia a política da NCAA de permitir a competição de Thomas contra mulheres baseada na premissa “ilegal” de que a supressão de testosterona é suficiente para tornar um homem elegível para equipes femininas.
O processo destaca que as regras atuais da associação permitem níveis de testosterona em homens trans significativamente mais altos do que os registrados em atletas femininas de elite.
Riley Gaines, que competiu contra Thomas, acusou a NCAA de discriminação contra mulheres, indo contra os princípios do Título IX. O caso, apresentado em um tribunal federal na Geórgia, onde ocorreram os campeonatos de 2022, tem o potencial de redefinir as regras de elegibilidade em esportes colegiais, possivelmente excluindo atletas nascidos homens de competições femininas em todo o sistema da NCAA.
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