Em uma medida drástica, a Gol Linhas Aéreas levantou acusações contra a LATAM Airlines, alegando que a concorrente tem conduzido uma campanha coordenada para desestabilizar a empresa ao tentar adquirir aeronaves da Gol e contratar seus pilotos durante o atual processo de recuperação judicial da companhia.

O envolvimento da LATAM na recuperação judicial da Gol

Destaca-se que a Gol atualmente está em um processo de recuperação judicial nos Estados Unidos. A companhia aérea brasileira argumenta que a LATAM tem se aproveitado dessa situação para atraír lessores (arrendadores de aeronaves) e contratar pilotos da Gol.

Pedido de esclarecimentos na Justiça

Mediante as alegações, a Gol apresentou uma moção de emergência à Justiça dos Estados Unidos, solicitando que a LATAM seja obrigada a apresentar informações sobre as ações tomadas para adquirir aeronaves e funcionários da companhia. A empresa deseja que a justiça estabeleça um prazo de cinco dias para a LATAM elucidar estes pontos.

Executivos da LATAM são citados

A Gol também solicitou que Jerome Cadier, CEO da LATAM Brasil, e Roberto Alvo, CEO Global da LATAM, compareçam a uma audiência marcada na próxima segunda-feira pelo Tribunal de Falências do Distrito Sul de Nova York. Ademais, o vice-presidente de Pessoas, Emilio del Real, o vice-presidente de Vendas, Andreas Schek, e o vice-presidente de Finanças, Ramiro Alfonsín, são citados para prestarem esclarecimentos.

Isso é uma estratégia de negócios?

Em um documento anexado ao processo, a Gol também alega que a LATAM distorceu a sua real capacidade financeira durante a comunicação com parceiros comerciais. Segundo a Gol, a LATAM mostrou-se interessada em adquirir seus arrendadores, aviões e pilotos logo após a Gol entrar com o pedido de recuperação.

A Gol aguarda ansiosamente pela decisão da justiça quanto a suas acusações, enquanto continua lutando para se reestruturar e recuperar a sua estabilidade no mercado aéreo. Ficam, portanto, as perguntas: será que a LATAM realmente se aproveitou da situação delicada da Gol? E como a decisão da justiça poderá impactar a relação entre as duas empresas no futuro? Estas são questões que, sem dúvida, desafiam o cenário do setor aéreo brasileiro.